«Gostaria de fazer algumas considerações. Antes de mais dar os parabéns ao F.C. Porto por ter sido campeão. Provou dentro de campo ter sido um campeão digno e vencedor justo», começou por afirmar. E prosseguindo: «O Fidelis foi apontado este semana, em diversas críticas, como o grande responsável pela derrota com o F.C. Porto, como líder do grupo não admito que ponham em causa a dignidade e a honra dos profissionais do Marítimo», referiu.
As criticas referem-se essencialmente à grande penalidade. «São situações perfeitamente normais num jogo de futebol, por vezes é um instinto, mas não quero deixar passar e lamentar as declarações de algumas pessoas com responsabilidade na imprensa portuguesa ponham em causa a dignidade dos profissionais e em muitas situações a dignidade do próprio clube. Este clube é extraordinário, o Fidelis tem tido um comportamento fantástico, ponho as mãos no fogo por ele em qualquer circunstância».
«Temos um dos melhores relvados do país»
Depois, o líder maritimista falou sobre criticas feitas ao atual relvado do Estádio dos Barreiros: «Esta semana inclusive, referiram-se às dimensões e qualidade do relvado, quando temos um dos melhores relvado do país, com as dimensões normais para o nível e exigência da I Liga. Se quiserem atingir terceiros que o façam, não atinjam esta instituição que tem dado demonstrações no futebol de grande civismo e capacidade, que tem melhorado quer na qualidade de jogo quer na forma de estar no futebol português».
E concluiu as suas considerações: «Sei que ultimamente o Marítimo e a própria região têm sido bombardeados. Se calhar o Marítimo como maior símbolo da região, leva por tabela. Quer-me parecer que alguns responsáveis da imprensa deram responsabilidade ao facto do Marítimo não ter ganho ao F.C. Porto e daí este ter sido campeão. Pelo amor de Deus! O F.C. Porto foi um campeão digno e justo, se eles não fizeram o seu trabalho, passa-nos ao lado, não podem é colocar em causa a dignidade e honra do Fidelis».
Via judicial em estudo
Fidelis também falou sobre as insinuações a que foi sujeito. «A única maneira de responder é trabalhar. Sempre fui homem, sempre assumi as coisas que fiz e não tenho nada para esconder de ninguém. Se alguém tem alguma coisa a acusar ou a dizer contra mim, provem aquilo que dizem», disse.
O jovem brasileiro revelou depois que o guarda-redes Helton falou consigo no final do jogo. «Falou-me do facto de sermos do mesmo país, de eu estar a começar agora a jogar mais, de ainda ser novo e para não me deixar afetar com qualquer problema ou derrota».
Agora, Fidelis e Marítimo estudam a hipótese de agir judicialmente contra quem fez afirmações caluniosas: «Ainda não decidimos, mas é um assunto que estamos a estudar. Temos de ver se vale a pena, porque nem tudo o que é dito vale a pena correr atrás. Mas na minha opinião, não se pode acusar uma pessoa sem sequer conhecê-la ou saber alguma coisa da vida dela. Todas as coisas na vida têm um lado bom e um lado ruim. O que sucedeu comigo foi ruim, mas só me vai dar mais força para o próximo jogo dar mais».
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