O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, rebateu as críticas do Partido Socialista, afirmando que o maior partido da oposição não pode exigir que o Governo «cruze os braços» diante da crise.

«Muitos daqueles que criticam, mas que não apresentam alternativas, não têm o direito, num momento em que muitos portugueses estão a passar por situações particularmente difíceis, de pedir que os responsáveis cruzem os braços», afirmou Miguel Relvas, à margem de evento no Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro.

Em declarações prestadas antes de iniciar uma reunião com jovens portugueses, o ministro reiterou que as medidas anunciadas por Passos Coelho na sexta-feira visam apenas «substituir» as recentemente chumbadas pelo Tribunal Constitucional, pelo que os cidadãos já sabiam que eram «inevitáveis».

«Nenhum Governo gosta de dar más notícias, mas é da responsabilidade de um Governo que tem legitimidade, conferida pelos portugueses. E essa legitimidade também é da oposição, em particular do maior partido de oposição, que governou o país por seis anos», reforçou Relvas.

O ministro Ajunto e dos Assuntos Parlamentares acrescentou que o atual Governo assumiu o país em crise, herdando uma situação gerada em anos anteriores pelos executivos PS. «Não nos peçam para fazer num ano aquilo que outros estragaram em seis», completou.

Miguel Relvas afirmou ainda que o Governo está consciente da dimensão dos sacrifícios que está a pedir aos portugueses e que as medidas de austeridades são decisões «muito difíceis» de serem tomadas, mas frisou que estas fazem parte de uma «estratégia» para solucionar a crise.

«São decisões muito difíceis, mas sabemos que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses são em nome de uma estratégia para a resolução desses problemas», reforçou.

Miguel Relvas encontra-se no Rio de Janeiro, onde esta noite se reúne com jovens empreendedores portugueses que estão a criar empresas no Brasil. A intenção do encontro é gerar um ambiente de troca de experiências entre eles e ouvir as suas principais reclamações e dificuldades.