Juan Quintero parte de férias insatisfeito. O estado de espírito é facilmente aferível através das palavras deixadas na manhã de sábado, em pleno aeroporto. O colombiano nem sequer utilizado foi nas últimas três jornadas da Liga. E admite sair em janeiro.

«Há que encontrar uma solução em janeiro porque, no meu caso, quero jogar o Mundial. Podem acontecer muitas coisas. Na verdade, continuo no FC Porto e em janeiro veremos o que acontece», referiu o internacional colombiano.

«A minha situação no FC Porto não é boa», assume o esquerdino, mais uma vez afastado por Fonseca dos planos para a receção ao Olhanense. A proximidade do Mundial acentua a angústia de Juanfer.

«Tenho a esperança de lá estar. Podem acontecer muitas coisas. Ao vir para o FC Porto, sabia que tinha a oportunidade de ir ao Mundial. Queria jogar mais e vou aproveitar todas as oportunidades que surjam, mas em janeiro há que encontrar uma solução. Vamos ver o futuro», acrescentou.

«A minha posição natural é a 10»


A última aparição de Quintero no campeonato coincidiu com a derrota em Coimbra. No mês de dezembro, nem um minuto. O menino de 20 anos tem explicações para o ocaso.

«Os resultados não estavam a aparecer e o importante é que a equipa passe a ganhar novamente e a revelar uma boa qualidade para o que aí vem. A mim resta-me trabalhar para ter as minhas oportunidades. Jogar num clube como o FC Porto representa muito para todos», disse.

«É difícil para os jogadores que não tiveram oportunidade de jogar nos últimos jogos, mas estou contente. A equipa está a ganhar e o que interessa são as vitórias. Contava jogar mais, mas temos uma grande equipa e grandes valores», completou, atenuando a ideia inicial.

Sobre a vontade de jogar pela equipa B, tornada pública por Paulo Fonseca, Juan Quintero deu a sua versão.

«É normal querer isso para adquirir ritmo competitivo, ainda para mais por não ter minutos na equipa principal. No meu caso, pedi para aproveitar o dia [ contra o Atlético] e a oportunidade. Não foi para gerar controvérsia, mas aproveitar a oportunidade do jogo».

A finalizar, antes do regresso à Colômbia, Quintero sublinhou que a posição dez é onde joga com «mais naturalidade».