* Enviado-especial do Maisfutebol nos Jogos Olímpicos
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Na reta de Copacabana, João Pereira viu a medalha de bronze. A 9 segundos. Já não chegou a tempo. O atleta das Caldas da Rainha foi o segundo melhor no segmento do atletismo e quase foi capaz de corrigir o desempenho menos feliz na natação (32º) e ciclismo (17º).

O quinto lugar final no triatlo olímpico coloca-o no topo das exibições portugueses no Rio de Janeiro, só atrás da medalha de bronze de Telma Monteiro e do quarto lugar do K2 em canoagem.

Numa manhã de muito calor – 30 graus – e sofrimento, João foi ao limite, seguiu o australiano Murray até à reta final e ainda viu «o bronze bem perto».

«Estava em 17º e a 1m20s dos primeiros no início do atletismo. Ataquei, dei o máximo. Pensei em Portugal e no triatlo português», disse João Pereira, discurso maduro e cuidado, em Copacabana, com o Maisfutebol na zona mista.

João concorda, de resto, que quando for capaz de ser mais competitivo na natação pode lutar de igual para igual com os irmãos Brownlee, os grandes dominadores do triatlo atual.

«Se aprimorar o segmento da natação posso evoluir muito», reconheceu, garantindo que a má prestação dentro de água nada teve a ver com a tão propalada e anunciada poluição.

«A água estava boa, limpa, com visibilidade. Falou-se muito disso, mas acho que foi para passar a ideia que os brasileiros não seriam capazes de organizar os Jogos».