Rui Bento esperava mais da primeira volta do Beira Mar. O técnico dos aveirenses confessa que contava ter um pecúlio mais avantajado neste momento, mas acredita ser possível à equipa melhorar na segunda metade da temporada.

«Acabámos com 16 pontos. Não estamos a fazer nada de extraordinário, porque os pontos traduzem tudo. Agora vamos começar uma segunda fase. Temos, pelas minhas contas, de fazer os mesmos, se possível ainda mais», comentou, à margem da conferência de lançamento do jogo com o Marítimo, uma equipa muito forte.

«Tem processos de jogo bem identificados. É muito perigosa nas transições, como poucas em Portugal, porque as faz de forma muito vertical e sem descair para os corredores laterais. Tem bons jogadores e os resultados têm dado confiança, como se viu ontem. Com jogadores novos, a equipa teve o mesmo registo», referiu, sem, todavia, atirar a toalha ao chão:

«Sabemos que vai ser um jogo difícil mas enquanto estiver aqui o Beira Mar não se verga a ninguém e vai entrar lá para dentro para ganhar. Se o consegue ou não, isso é outra questão. Mas temos de ir com esta ideia, não dá para ficar à espera ou entrar receosos. Sabemos que vai ser difícil mas estaremos à altura de lutar pelos três pontos.»

O técnico abordou ainda o elevado número de baixas neste momento. «Que temos de fazer? Meter a cabeça na areia, esconder-nos ou assumir? Acho que temos de nos assumir, temos de ir para a guerra, para a luta, tentando fazer o que sabemos. O espírito tem de ser este. Temos de procurar arranjar força, ser mais solidários, para inverter a situação a nosso favor», reivindicou.

Do mercado, evitou falar da possibilidade de ter Édinho (Málaga), um «bom jogador, que faz golos», e descansou os adeptos quanto à lesão de Edson Sitta, que se magoou logo no primeiro treino com os auri-negros. «Não tem nada a ver com o problema que motivou a paragem, foi apenas um desconforto muscular», garantiu.