O capitão voltou e Hugo Almeida aproveitou ao máximo. Nani está cada vez melhor, Vieirinha já marca e, assim, Portugal goleou a Rep. da Irlanda no último jogo de preparação para o Mundial 2014 com um resultado (5-1) esclarecedor da supremacia portuguesa sobre o adversário que se lhe opôs. No Metlife Stadium, ainda houve pormenores de classe frente a uns irlandeses que explicaram bem o porquê de não irem ao Brasil.

Todos os olhos estavam postos em Cristiano Ronaldo. O camisola 7 foi titular depois de ter recuperado de lesão e logo aos 49 segundos começou por dizer que estava presente: arrancou pelo meio e atirou. O remate saiu fraco, é verdade, mas foi um primeiro sinal de que Ronaldo está aí. 

FICHA DE JOGO  

O 1-0 demorou outros tantos segundos. Varela cruzou da direita e Hugo Almeida cabeceou para o golo. O avançado do Besiktas cedo começou a aproveitar a titularidade, depois dos bons sinais de Éder no jogo com o México.

Bons sinais deu também Portugal frente a uma Irlanda que pouca oposição fez à equipa de Paulo Bento. A seleção portuguesa esteve sempre em controlo da partida e Rui Patrício, outro que regressou ao onze, raramente foi chamado a intervir.

A conexão Madrid em campo redundou no 2-0. Ronaldo libertou Coentrão com um toque de calcanhar e o defesa cruzou. A bola bateu em Keogh e, para além de não darem grandes dores de cabeça à defesa portuguesa, os irlandeses marcaram ainda um autogolo.

No momento prévio a esse, outra indicação: Cristiano Ronaldo nem hesitou quando a bola lhe ficou a jeito do pé esquerdo. O joelho que o apoquenta dobrou e o remate saiu forte, mas ao poste.

Como é óbvio, o jogo não vivia só de Cristiano Ronaldo. Vivia de Varela também. Este cruzou, o CR7 meteu a cabeça, mas foi Hugo Almeida que coçou o bigode para festejar mais um golo. Ao intervalo o 3-0 trazia bons dados a Paulo Bento.

O erro com que Portugal abriu a segunda parte também. É uma daquelas coisas úteis. A seleção acabou por golear, mas o técnico certamente alertará para a falha coletiva que redundou no golo irlandês. Uma criancice, diga-se, numa equipa tão experiente como a portuguesa, que deixou a Irlanda cobrar uma falta de forma rápida. Ficou tudo com a cara na almofada e o adversário reduziu por McLean.

Percebia-se que Paulo Bento ia começar a gerir a partir da hora de jogo, quando voltou com os mesmos onze para o segundo tempo. Assim, Ronaldo e Meireles jogaram pouco acima de 60 minutos, com o capitão protagonista de mais um par de jogadas.

Foi então a vez de Pepe voltar aos campos, mas quem puxou dos galões foi Nani. Mais fresco e a crescer de forma, o 17 de Portugal teve o momento mais bonito da partida, numa receção espantosa que culminou no 4-1: Vieirinha estreou-se a marcar pela seleção.

No jogo de substituições, a Irlanda foi ainda mais submissa e a seleção portuguesa teve trocas de bola ao primeiro toque que encantaram os adeptos lusos nas bancadas. Num desses lances, Nani marcou um golaço que foi invalidado, naquele que seria o sexto golo de Portugal, uma vez que Coentrão, a passe do jogador do Manchester United, já tinha feito o quinto. De pé direito, a confirmar que deu para muita coisa este jogo com a Irlanda.

Deu, por exemplo, para a seleção viajar para o Brasil embalada por uma goleada e, mais importante do que o resultado, com bons sinais dados por muitos dos jogadores que se viram neste estágio nos EUA.