Raphael Guerreiro foi titular no jogo de preparação da Seleção Nacional frente à Noruega e deu nas vistas com a marcação do segundo golo na vitória por 3-0. Um livre muito bem marcado, com a bola a sobrevoar a barreira e a bater no poste antes e entrar junto ao ângulo. Um dia depois, o jovem lateral conta tudo o que sentiu momentos antes do pontapé que fez levantar o Dragão.

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«Eu e o Adrien ficámos para marcar o livre, um de pé direito, outro de pé esquerdo. Antes de partirmos para a bola, ele disse-me que se eu quisesse podia bater o livre. É um prazer enorme ter a confiança dos colegas, como foi o caso. Senti que ia fazer golo!», começa por contar Raphael Guerreiro, em declarações reproduzidas no site oficial da Federação Portuguesa de Futebol.

Um pontapé quase perfeito, sem hipóteses para o guarda-redes norueguês. «Este é um tipo de lance que trabalho muito no Lorient. Treino livres semana após semana, com o objetivo de ser cada vez mais eficaz. Fiz um golo semelhante frente ao Guingamp, para o campeonato francês. Pensei nesse momento e pensei em colocar a bola da mesma forma, no mesmo sítio. Felizmente saiu bem e foi uma satisfação enorme fazer o segundo golo pela seleção portuguesa», prosseguiu.

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Um jogo que marcou o arranque da preparação para a fase final do Campeonato da Europa. «É muito importante começar com uma vitória, mesmo que seja um jogo de preparação. Ganhar acrescenta confiança, ao grupo e às pessoas que assistem aos nossos jogos. É uma vitória que nos traz mais alguma coisa na preparação para o Euro 2016. Jogámos muito bem, conseguimos ter bastante controlo sobre a bola. Não fomos perfeitos, mas fizemos o essencial e vamos preparar os outros jogos da mesma forma», vincou.

Fernando Santos traçou objetivos ambiciosos para a seleção e todos os jogadores têm alinhado pelo discurso do líder. Guerreiro não é exceção. «O primeiro objetivo é terminar o nosso grupo em primeiro lugar. Depois veremos quem teremos pela frente, mas tudo faremos para conseguir vencer o Euro 2016. Temos equipa para o conseguir», salientou.

Um Europeu com sabor especial para o jovem lateral que vai ter a oportunidade de jogar no país onde nasceu. «É verdade que para mim será uma sensação diferente, uma vez que o Europeu se joga em França, onde nasci e onde vivo. A minha família vive em França, creio que isso tornará a situação um pouco diferente. Mas é só isso. A minha vontade é só uma : fazer o máximo por Portugal, a seleção que eu represento, a camisola que eu visto», referiu ainda.