A França perdeu três dos últimos quatro jogos que realizou mas o selecionador Didider Deschamps pretende, com o regresso de Karim Benzema, recuperar «a chama perdida» esta sexta-feira quando defrontar Portugal no Estádio de Alvalade em mais um jogo de preparação para a fase final do Euro2016.
 
No final de março, os Bleus perderam com o Brasil (1-3) e depois ganharam à Dinamarca (2-0). Já em junho, perderam com a Bélgica (3-4) e depois com a Albânia (0-1). Resultados que não podem deixar os anfitriões do Euro satisfeitos. «Temos de reencontrar a chama perdida nos últimos jogos. Quando se joga é para ganhar. O resultado também é importante. Portugal tem muita qualidade, mas se retomarmos o nosso caminho, reencontrarmos a nossa base, podemos juntar as boas exibições aos resultados. Precisamos de nos confrontar com os melhores da Europa e do Mundo para termos noção do nosso valor», destacou o antigo internacional na antevisão do jogo desta sexta-feira.
 
A imprensa francesa tem destacado o regresso de Karim Benzema, recuperado de lesão, e aposta numa dupla com Nabil Fekir, avançado do Lyon que tem estado em boa forma, mas Deschamps deixa tudo em aberto. «Segunda-feira foi dia de recuperação, mas terça e quarta-feira voltei a sentir o empenho habitual. As duplas podem ser muitas. Os jogadores já se conhecem bem, já jogaram juntos, muitos estiveram no campeonato do Mundo.
 
Os últimos treinos em França mostraram que Deschamps pode apostar num 4x4x2 em losango, com Paul Pogba a jogar nas costas dos avançados, mas Deschamps também se fechou em copas quanto aos aspetos táticos. «Não gosto dessas designações geométricas, um losango pode transformar-se num quadrado ou num triângulo. Tento tirar proveito do melhor de cada jogador, colocando-os nas posições onde se sintam mais confortáveis. Já jogámos com dois avançados quando defrontámos Portugal em casa. Posso optar por diferentes soluções, depende dos jogadores. Prefiro escolher a tática para cada jogo. Jogar com dois avançados num jogo de alto nível é sempre difícil», comentou.

Benzema para a França, como Ronaldo para Portugal
 
Depois dos últimos resultados negativos, a França exige agora mais resultados e menos experiências. «A pressão é sempre negativa, mas ninguém ficou satisfeito com os resultados. Nem a direção, nem os jogadores, nem eu. Temos a obrigação de vencer e isso condiciona muito as coisas. Se jogarmos com o espírito de ganhar, melhor, mas temos de ter em conta que não é um jogo de qualificação, vamos ter mais jogos», referiu.
 
O mais importante, nesta altura, é o regresso de Benzema, um avançado que o selecionador considera determinante nas manobras ofensivas dos Bleus, fazendo mesmo um paralelo com Cristiano Ronaldo em relação a Portugal. «O Karim é Karim. É sempre importante. É um jogador do grupo, de alto nível, com experiencia internacional que é importante para a equipa. Não pode fazer tudo sozinho, mas o Karim é o Karim. A França não é a mesma sem o Karim, tal como Portugal não é o mesmo sem Cristiano Ronaldo», referiu ainda.