Tiago falou nesta segunda-feira sobre o regresso à seleção nacional. O jogador do At. Madrid tinha renunciado à equipa nacional, mas nunca ficou seguro da decisão que tomou. Quando surgiu a oportunidade, respondeu de forma positiva ao contacto de Fernando Santos, o novo técnico.

«Sinto-me muito feliz. Foram quatro anos em que estive de fora, todos sabem o porquê. Naquele momento sentia que não podia dar nada à seleção, sentia-me em baixo», começou por dizer. 

«Neste momento, sinto precisamente o contrário, sinto uma alegria imensa em jogar futebol e o mais bonito para um jogador é representar a sua seleção. Arrependo-me de ter enviado aquele faxe a renunciar à seleção naquela altura.»

O médio garante surgir com um novo espírito na seleção. 

«Sinto-me como uma criança que chega aqui pela primeira vez. É um voltar a casa e ser bem recebido por toda a gente», sublinhou.

«O bichinho sempre esteve aqui dentro. Chegou o momento em que se pensa que nenhum jogador deve fazer aquilo, enviar o faxe, eu sou o exemplo disso. Chegou o momento em que as portas se abriram e quis poder ajudar o nosso país.» 

LEIA TAMBÉM:

«Eu e Ricardo Carvalho não teremos um grande futuro na seleção...»

Por que Tiago disse que sim a Fernando Santos e não o fez com Paulo Bento»

«Não me sinto mais titular hoje do que era quando renunciei» 

A hipótese surgiu igualmente em anos anteriores, sobretudo antes do Mundial de 2014, mas Tiago entendeu que não era o momento ideal. 

«Não me iria sentir bem a dizer que o sentia no final da temporada passada, antes do Mundial, não gostava que pensassem que voltaria só para jogar o Mundial. Não era isso que queria.»

Ora por isso Tiago deixa um aviso: todos os jogadores devem olhar para o erro dele.

«Volto a dizer, para mandar um faxe como eu fiz, tem de se pensar bem. Felizmente, abriu-se uma porta com a entrada do novo selecionador, perguntou-me se eu estava disponível e, com a alegria de uma criança, respondi que sim.» 

«Não é fácil estar aqui hoje depois de ter dito que era melhor não voltar a representar a seleção. Não é fácil voltar atrás. Acho que nunca devemos fechar a porta e deixo aqui o meu exemplo.»