Em primeiro, um grande dérbi!

Em último também.

Benfica e Sporting entraram em campo com a intensidade no limite e foram protagonistas de um jogo entusiasmante, carregado de adrenalina e com oportunidades de golo q.b.

Venceu o Benfica porque, mais eficaz, chegou a uma vantagem de dois golos e soube aguentar a pressão imposta pelo rival, que, por sua vez, não soube aproveitar oportunidades suficientes criadas para virar o resultado a seu favor.

Um nome obviamente sobressai: o de Ederson, que adiou o mais possível o primeiro (e que também por isso se tornou único) golo dos leões. Foi no seu jovem guarda-redes que os encarnados sustentaram grande parte do triunfo. O resto vem da eficácia, e do talento individual de algumas unidades.

Somados os 90 minutos, o Sporting terá sido melhor – é essa a ideia que fica – em maior parte do jogo jogado, enquanto o Benfica, que venceu os últimos dois embates, confirma a ideia de que cresce um pouco mais de cada vez que defronta o rival. Foi este talvez o dérbi mais dividido desde que Rui Vitória trocou de lugar com Jesus na Luz. E todos se lembram como tudo começou.

Há mais ideias a destacar do grande jogo da 13ª jornada. A fragilidade dos laterais do Sporting no plano defensivo – que não vem de hoje –, as falhas na definição de Rafa em algumas jogadas (excepto a do primeiro golo, em que assinou um passe fantástico), mais uns sinais dados aqui e ali de que Luisão, embora sem erros graves, continua a ser curto, e a diferença de dinâmica que Jiménez acrescenta ao ataque encarnado em contraste com o momento de Mitroglou. Hoje fez mais um golo.

Claro que um jogo tão rico terá bem mais nuances do que as de cima, mas deixo-as para os jornalistas do Maisfutebol que estiveram na Luz e analisaram o jogo ao pormenor.

Só mais uma ideia, se me permitem. Defrontaram-se na Luz duas equipas que sabem jogar com nota artística e provaram-no esta noite. A partida teve momentos de excelência fosse em ataque continuado ou no contra-ataque.

O resto, que muitos tratarão de discutir, escalpelizar, dissecar, frame após frame, em câmara lenta ou imagem real, não tem o mínimo interesse. 

Em último lugar, como em primeiro, um grande dérbi.