«A quem interessa confundir a árvore com a floresta? Porquê onerar centenas de docentes e muitos milhares de alunos com o estigma de um ato sem sentido praticado por alguém, há muito demitido das suas funções? Haverá consciência de que pelo eventual erro de um - ou alguns - penaliza-se muitos mais, completamente alheios ao processo? Ou será isto mesmo que se pretende?», lê-se num comunicado assinado pelo diretor da faculdade, Jorge Proença.
A nota salienta que a Faculdade de Educação Física e Desporto «sempre utilizou critérios de grande exigência» em casos de equivalências, sublinhando que são «muito raros os casos em que é concedida creditação total a uma disciplina», mesmo em casos com «forte currículo profissional». São mesmo apresentados os exemplos de atletas de alta competição, que apesar do seu percurso, frequentam a faculdade, como a judoca Telma Monteiro e o basquetebolista Sérgio Ramos.
«Toda a prudência é recomendada na creditação de experiência profissional não avaliada ou avaliada por critérios e pessoas que desconhecemos», é frisado.
«É tempo de terminar a inqualificável mistificação a que temos assistido afetando o profissionalismo, a competência e, até, a seriedade de credibilidade de que somos credores», lê-se no comunicado.
Finalmente é feito um apelo a que seja esclarecido todo o processo. «É urgente que todos - a Universidade Lusófona, os órgãos de tutela e a comunicação social - contribuam para o esclarecimento efetivo e saibam respeitar quem, também na Universidade Lusófona, no ensino e na aprendizagem procura o conhecimento e a sua dignificação pessoal e profissional, contribuindo para o desenvolvimento do país», conclui a nota.
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