Vukcevic

Atitude, drible, remate, eis Vukcevic, de longe o melhor dos leões em Alvalade perante o Nacional. Tão longe dos restantes que o brilho que teve no encontro ofuscou os companheiros no primeiro tempo. Começou com um remate em força, desperdiçou uma grande oportunidade, mas não desanimou e partiu para uma exibição cheia de garra e vontade, a tirar adversários da frente, a pedir a bola para resolver, a desesperar quando não lha davam. Vukcevic queria mostrar, e mostrou-o, que tem argumentos para ser titular neste Sporting. Se calhar, mete até argumentos em campo que mais ninguém na equipa coloca. Daí que a interrogação seja válida. Como pode ser suplente? Não pode, a jogar assim, não pode. Um leão no relvado, daqueles que rugem e assustam!

Liedson

Chegou do Corinthians, pegou de estaca e marcou golos como ninguém pelo Sporting. Encantou nos jogos com o Benfica, fez hat-tricks, pokers, decidiu jogos e merece lugar de destaque na História leonina. Mas o ponta-de-lança atrás descrito não apareceu em Alvalade nesta noite. Esteve em campo, sim, mas teve uma exibição para esquecer, sem conseguir dominar bem a bola, sem ter um único remate à baliza. Não se sabe a razão pela qual saiu ao intervalo, mas por opção técnica ou não, a verdade é que saiu bem. E isso, num jogador com o calibre de Liedson, é caso para preocupar, porque o 31 habituou a ser o primeiro a puxar a equipa, a ser o último a cair, a ser o extra quando mais nada havia a dar. O Sporting ganhou com a saída de Liedson e tanto assim foi que o substituto Saleiro fez o que o «levezinho» costuma fazer: golo!

Salomão e Saleiro

E aos 46 minutos, o Sporting ganhou uma ala e um ponta-de-lança! Paulo Sérgio lançou Salomão para a esquerda e Saleiro para o ataque e teve resultados. O primeiro dinamizou um flanco que esteve quase «morto» no primeiro tempo. Atirou ao poste e foi sempre um acelera. Já Saleiro fez um golo espectacular, a definir o encontro, à ponta-de-lança. Paulo Sérgio já pediu várias vezes para os avançados não adornarem os lances, para serem mais objectivos: melhor que Saleiro é difícil. Um remate e bola na rede, de forma brilhante, embora só tenha valido um ponto.

Djaló

No limite da dúvida. Yannick Djaló foi o homem mais perigoso do Sporting no primeiro tempo? Sim e não. Sim porque esteve em duas das melhores ocasiões da equipa, ou seja, esteve perto do golo; não, porque as falhou e porque, de resto, pouco mais fez no encontro. Vejamos: jogou no lado oposto a Vukcevic, mas comparar o que um e outro jogaram não é justo para o montenegrino e para o substituto Salomão, já agora. O camisola 20 saiu ao intervalo. Adivinhava-se e, respondendo de modo mais assertivo à pergunta inicial. Djaló foi o mais perigoso do leão na primeira parte? Não, claro que não.

Danielson

Uma primeira parte sem grandes problemas, apesar das oportunidades do Sporting. Liedson era uma visão do jogador que habituou o país, mas Danielson também teve culpa. Bem na marcação ao 31, acabou por ser na área contrária que mereceu o maior destaque: marcou o golo do empate e deu um ponto ao Nacional.

Luís Alberto

Jogou em frente à defesa e sabe de cor aquele lugar. Teve menos apoio que nos jogos anteriores, em que a equipa jogou em 4x2x3x1, mas ia dando conta do recado em Alvalade. No primeiro tempo, teve ainda esclarecimento para roubar uma bola a Zapater e, depois, atirar com perigo à baliza de Rui Patrício. É uma voz de comando na equipa.