Sporting-Rio Ave, 0-1 (destaques)

A figura: Oblak

Jogadores interessantes do Rio Ave em Alvalade. Del Valle, Edimar, Filipe Augusto. Boa técnica, bons pormenores, mas foi Oblak a derradeira figura da noite. Porquê? Porque quando todos os outros já tinham feito grande parte do trabalho, o guarda-redes segurou a vantagem com intervenções decisivas. Antes disso, apenas uma falha. Uma saída em falso num canto que Boulahrouz desaproveitou. De resto, segurança enorme e três pontos nas mãos do guarda-redes.

O momento: minuto 40

A primeira vitória do Rio Ave em Alvalade, primeira de sempre na Liga, escreveu-se ao minuto 40. Arrancada de Edimar, o Sporting apanhado balanceado para a frente, toque para Del Valle, o venezuelano devolve ao lateral e este bate Patrício com um tiro rápido, de primeira. A estratégia vila-condense estava aí. Defender bem e marcar no contra-ataque. Muitas equipas vêm a Alvalade com essa ideia, mas o Rio Ave conseguiu concretizá-la.

Outros destaques

Edimar

Que lance de livro, que corrida e finalização. Um contra-ataque é aquilo mesmo. Processo simples: transporte de bola, passe e desmarcação. Depois, um remate certeiro a bater Patrício e a marcar o primeiro golo do Rio Ave em Alvalade, na Liga, ao fim de nove anos! O lateral brasileiro saltou para protagonista do encontro com uma arranca soberba e uma finalização repentina, sem hipóteses para Patrício. A defender, coisa que fez na maioria do tempo, teve de haver-se com Carrillo. Teveas dificuldades naturais de quem defronta o peruano, rápido e bom tecnicamente. Mas, lá está, na memória fica também aquela arrancada para o 1-0.

Del Valle

Bons e interessantes lances deste venezuelano. Jogou descaído na direita do ataque, fechou ao meio, e foi pela esquerda que assistiu Edimar para o 1-0. Del Valle foi mais do que isso. Com a bola no pé, partiu para cima dos leões que lhe apareciam pela frente. Como é forte e rápido, passou pelos defesas várias vezes. Puxou quase sempre para o pé direito, é certo, mas o pique em poucos metros fizeram dele uma ameaça à defesa leonina.

Diego Capel

Se alguma coisa boa viesse do Sporting nesta segunda-feira, provavelmente ela saía dos pés do espanhol ou de Carrillo. O futebol dos leões desaguou quase sempre no flanco esquerdo no primeiro tempo. Capel esteve, por isso, bastantes vezes em ação. Driblou, cruzou, só faltou o remate. Ainda assim, deve ser algo frustrante um extremo desequilibrar e ver tão pouca presença na área. Por isso, a exibição do espanhol fica no limbo. Ganhou muitas vezes o flanco, mas a bola raramente chegou a alguém.

Carrillo

O peruano não joga, desliza. Leva a bola pelo pé com elegância e está cada vez mais assertivo nas ações. É certo que no primeiro tempo foi intermitente demais para o que era preciso. Mas isso foi ele e toda a equipa. No segundo tempo, subiu um pouco o nível. Quis a bola, teve-a, e começou a deambular em frente à área do Rio Ave. Várias vezes fugiu para o meio e deixou o flanco para Cédric. Abriu no lateral em vários episódios do jogo e tentouo remate. Obrigou Oblak a excelente defesa. Remou contra a maré.

Viola

Estreou-se na Liga para o ataque final dos leões ao Rio Ave. Obviamente, pouco mais de 20 minutos não servem para tirar grandes ilações. Apareceu num cabeceamento à baliza. Fica o registo da estreia pelos leões.