A Doyen Sports, fundo de investimento com participação em vários negócios do futebol português e não só, emitiu nesta quarta-feira um comunicado em resposta a declarações efetuadas pelo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, na sequência do processo relacionado com a eventual transferência de Marcos Rojo, atualmente sob a alçada disciplinar do clube.

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Num extenso texto com 20 pontos, que começa por referir em tom elogioso a forma como decorreu a transferência de Mangala para o Manchester City, a Doyen Sports lembra ter um histórico no mercado «imaculado e digno de registo» e garante que «não interfere, nunca interferiu nem pretende interferir em nenhum clube» e os seus contratos «defendem a total independência dos clubes na tomada de decisões».

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No caso concreto de Rojo, o fundo garante que sem a sua intervenção o internacional argentino «não seria jogador do Sporting», acrescentando que para além de ter assumido o pagamento de 75 por cento do valor da transferência chegou a fazer um empréstimo para que o Sporting pudesse «fazer face às dificuldades de tesouraria».

Sublinhando que o Sporting «está no seu direito de não transferir o jogador», desde que  compense o fundo nos «termos e prazos estabelecidos», a Doyen garante ter havido reuniões anteriores em que «por escrito, ficou claro que o Sporting venderia o jogador». Acusando os responsáveis leoninos de exigirem contrapartidas fora do âmbito contratual «que só podem ser encaradas num cenário de demagogia e de realidade virtual», o fundo sustenta que essas exigências fazem entender a revolta do jogador: «foi-lhe dada a palavra e feita uma promessa que agora o clube não quer assumir», acusa.

No comunicado, a Doyen garante que, para os seus interesses, «o cenário mais lucrativo é que o
Sporting decida manter o jogador nos seus quadros profissionais» cumprindo o estabelecido no contrato e critica Bruno de Carvalho por declarações «claramente deslocadas no contexto da relação com a
Doyen» que, acusa, se inserem numa «cruzada contra os agentes e representantes de jogadores e também contra os fundos». O comunicado refere ainda que o fundo se reserva o direito de «usar todos os recursos legais» para defender os seus interesses.