Uma nova defesa, os mesmos princípios, desta vez com triunfo. Viviano, Raphinha e Matheus Pereira voltaram a dar bons sinais a José Peseiro, numa exibição que, desta vez, foi em crescendo, com os leões a entrarem muito bem na segunda parte, no período em que chegaram à vantagem. No primeiro tempo os leões mostraram, acima de tudo, uma boa consistência defensiva, mas no segundo subiram no terreno e, com uma pressão alta, conseguiram incomodar mais os franceses.
José Peseiro manteve a mesma estrutura no meio-campo, com Petrovic e Misic mais fixos, a permitir um maior adiantamento de Wendel que voltou a posicionar-se entre Matheus Pereira e Raphinha no apoio a Fredy Montero. As mudanças em relação ao primeiro jogo com os suíços do Neuchâtel Xamax foram no sector mais recuado. A começar pela baliza, com Viviano a assumir a titularidade e a jogar os noventa minutos, mais uma vez com um par de boas defesas e outras tantas saídas de entre os postes. Na defesa sobrou apenas André Pinto que, agora, fez dupla com Mathieu que somou os primeiros minutos neste estágio. Nas laterais, em vez de Bruno Gaspar e Jefferson, jogaram Ristovski e Lumor.
Entrou melhor o Nice que, com Danilo (ex-Sp. Braga) em campo, já conta com mais uns dias de trabalho e isso, nesta altura da preparação, faz-se notar. Os franceses estavam bem mais soltos, corriam mais e obrigavam os leões a uma concentração máxima para evitar dissabores. Destaque para uma grande defesa de Viviano, na sequência de um pontapé de canto, a anular uma cabeçada do experiente Dante que levava o selo de golo. Maximim e Cyprien colocavam dificuldades à defesa de José Peseiro, com especial incidência nos corredores. A verdade é que o Sporting conseguiu suster estas primeiras vagas dos franceses e, aos poucos, começou a crescer em campo, mais uma vez puxado por Raphinha e Matheus Pereira na frente de ataque.
Pressão alta e golo
Fredy Montero, com um remate que passou a rasar a barra, colocou os franceses em sentido e, logo a seguir, Matheus Pereira, num lance individual, também teve oportunidade para marcar. O Sporting chegava, assim, ao intervalo, em crescendo, conseguindo mostrar alguns pormenores depois de perceber a melhor forma de anular os ataques dos franceses.
Uma ascensão que teve continuidade na segunda parte, com os leões a conseguirem pressionar ainda mais à frente, sobre a zona de construção do Nice, obrigando o adversário a cometer muitos erros. O Nice perdia muitas bolas e, em dois ou três passes, os leões estavam na área de Benítez. Uma, duas, três ameaças e golo. Raphinha recuperou uma bola na zona central, progrediu e abriu sobre a direita onde surgiu Matheus Pereira a rematar forte e colocado, sem hipóteses para Benítez. Era o melhor período do Sporting que mantinha uma pressão alta e obrigava o Nice a sucessivos engasgos na tentativa de responder ao golo.
Papel importante de Petrovic
Neste capítulo, destaque para o papel de Petrovic, para já, peça essencial neste esquema de Peseiro. O médio sérvio recua muitas vezes para colocar-se entre os centrais, quando os laterais sobem, mas também recua na fase de construção, para ir buscar a bola e lançar a equipa com passes longos. Um desses passes com profundidade quase resultou no segundo golo. Grande receção de Matheus Pereira que, ao primeiro toque, isolou Montero que, com tudo para fazer o segundo golo, atirou ao lado. Desta vez Peseiro «aguentou» o onze inicial por mais tempo, mas a meio da segunda parte começaram as mudanças a partir do banco. Apesar de tudo, o Sporting continuou por cima e teve novas oportunidades claras para ampliar a vantagem, com destaque para mais uma perdida por Raphinha e outra por Doumbia.
Mesmo a fechar o jogo, o Sporting contou com mais uma oportunidade soberana, com Doumbia a lançar Jovane Cabral. Benítez hesitou na saída, mas o jovem extremo atirou ao lado.
A verdade é que se notaram várias melhorias em relação ao jogo de quinta-feira com o Neuchâtel Xamax, mas também ainda falta muita gente. Segunda-feira, antes do regresso a casa, há novo teste, desta vez frente aos turcos do Fenerbahçe.
