*por Tomás Faustino

Daniel Ramos, treinador do Famalicão, depois do empate com o Marítimo (0-0), no Estádio dos Barreiros, em jogo da última jornada da fase de grupos da Taça da Liga.

 
- Um dos nossos objetivos era chegar à 3ª eliminatória da Taça CTT e isso foi conseguido. Outro objetivo era dignificar ao máximo o nosso emblema e procurar o melhor e esse melhor foi conseguir exibições boas e positivas, conquistando 4 pontos contra equipas da Primeira Liga, o que vem valorizar a nossa equipa e dizer que encarámos com seriedade esta competição. Percebemos que foi um trabalho meritório chegar até aqui e depois foi procurar elevar ao máximo a nossa prestação e chegar ao 3º jogo da 3ª fase ainda com hipóteses de ser apurado – embora em condições extremamente complicadas – veio aumentar a nossa imagem e rendimento e nesta competição.
 
[Sobre as alterações no onze]
- Se bem repararam, do nosso último jogo, contra o D. Chaves, para este, tivemos dez alterações. Porquê? Porque o meu grupo de trabalho merece e porque eu lhes tinha prometido que iria fazer rotatividade, uma rotatividade alta. Contra o Porto oito, hoje dez. E o curioso, ou não, é que a equipa teve uma prestação muito, muito boa contra equipas da Primeira Liga e acabou por dignificar o clube e a cidade. Tenho o grupo comigo e satisfeito. Sinto-me de consciência completamente tranquila em relação àquilo que é um grupo de trabalho e a sua gestão de forma eficaz, porque eu sei que posso contar com eles e vou precisar deles. Estou aqui também para os ajudar e esta empatia entre mim e eles é importantíssima na conquista de resultados.
 
[Competição atrapalha planeamento da época?]
- Para nós é positiva. Se há equipas que a desvalorizam, não foi o nosso caso. E se isso existe é uma minoria, pois quem é que não quer ganhar uma Taça da Liga? Todas as equipas o querem! Todas! Mas depois há uma gestão que as equipas procuram fazer também em função daquilo que se vai produzindo e de outros interesses e a prova disso é que mesmo o Famalicão gerindo, trocando e fazendo grandes alterações, consegue ter prestações positivas. Tem a ver com o trabalho que é feito, com o rendimento dos jogadores, com o momento e com aquilo que se quer conquistar. A rotatividade pode ser vista como positiva ou negativa mas é tudo uma questão de eficácia na forma como se faz. Há equipas que conseguem ter sucesso e outras que não. É natural e quanto a mim não vejo grandes problemas em fazer muitas alterações tendo em conta os plantéis que se têm, pois quando se tem qualidade não há problema nenhum em fazê-lo.
 
[Visivelmente emocionado, Daniel Ramos respondeu ainda a um jornalista que falou do seu passado na ilha]
- É muito bom voltar a uma ilha em que fui muito feliz. Lembro-me muito bem do meu primeiro dia cá… disse que vinha para subir de divisão e ser Campeão Nacional. Tive o arrojo de o dizer e saí com um orgulho enorme, pois subi de divisão e fui campeão com o União da Madeira. Portanto, é claro que me dá um gozo enorme voltar cá e ser muito bem recebido, como sempre, e por isso tenho esta ilha no coração e é um prazer enorme voltar cá.
 
[Balanço]
- Parabéns aos meus jogadores por prestigiarem esta prova e dignificarem de forma elevadíssima a nossa camisola. Por último agradecer à nossa massa associativa. Aos que não puderam estar cá também, pois eles sabem o que estivemos a fazer e o trabalho que temos vindo a desenvolver, mas em especial àqueles que estiveram aqui presentes. Poucos, como é normal, mas bons e a viverem de forma intensa e brutal o nosso clube. Obrigado!