O V. Guimarães confirmou o favoritismo que levava na viagem à Covilhã e venceu o Sporting local, garantindo o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal.

Um único golo, apontado por Hernâni, chegou para carimbar a felicidade.

O golo, curiosamente, surgiu na altura em que o V. Guimarães até estava por baixo no jogo. Na segunda parte, que foi quase toda dominada pelo Sp. Covilhã.

Mas o futebol também se faz de surpresas destas e a formação de Pedro Martins soube capitalizar uma das raras ocasiões de golo de que dispôs, num muito lutado e sofrido.

Tudo começou numa subida ao ataque do central Josué, que criou superioridade pela direita do ataque, até servir Raphinha dentro da área, o brasileirou tocou para Bruno Gaspar, que cruzou para o poste mais distância: Hernâni surgiu solto e rematou de primeira, muito forte, sem hipóteses para o guarda-redes Igor Rodrigues.

Jogava-se o minuto 80 e a vitória parecia ficar muito próxima. Talvez por isso, no festejo dos golos, tenha havido uma invasão de campo: cerca de duas dezenas de adeptos saltaram da bancada e abraçaram os jogadores. Nada de grave, tudo muito pacífico.

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O golo do V. Guimarães, refira-se, foi um balde de água fria para o Sp. Covilhã.

A equipa tinha entrado muito mais forte na segunda parte, depois de um primeiro tempo difícil, ganhava constantemente as segundas bolas e empurrava o Vitória para o meio-campo defensivo dele. Os serranos insistiam, insistiam e insistiam, portanto.

Pelo meio, aos 65 minutos, Pintassilgo teve uma soberana ocasião de golo, quando Mike cruzou da esquerda e o colocou na cara do golo: o cabeceamento saiu por cima da barra. Já depois disso, nos descontos, também Erivelto ameaçou o golo na marcação de um livre, mas Miguel Silva defendeu em grande estilo.

Ora o triunfo do V. Guimarães, refira-se, fez justiça sobretudo à primeira parte.

Nesse período, a formação de Pedro Martins foi superior, teve mais a bola e ameaçou também ele marcar numa ou outra ocasião clara de golo.

Aos 42 minutos, por exemplo, só não o fez por manifesta infelicidade. Primeiro foi Raphinha, a bater um livre bem puxado ao poste, para grande defesa de Igor Rodrigues, e na recarga, com tudo para marcar, Hernâni atirou ao poste.

Enfim, foi, como se vê, um jogo bem disputado, dividido, mais suado do que bem jogado, e que acabou por se definir num detalhe: o poder de concretização do V. Guimarães.

Os vimaranenses vão agora defrontar o Desp. Chaves por um lugar no Jamor.