À chegada a Portugal, depois de ter caído nos oitavos de final do Open da Austrália frente ao russo Daniil Medvedev, terceiro tenista do ranking ATP, o português Nuno Borges considerou ter provado que pode competir com os melhores tenistas do mundo.

«Por momentos, senti que pertencia ali. Provei que quando estou a jogar bem, consigo competir com os melhores. Muita coisa tem de correr bem e vou à procura disso [de repetir o feito]», afirmou o número um nacional e 69.º jogador mundial, aos jornalistas.

O tenista maiato assumiu que o Open da Austrália «acabou por mudar um bocadinho a perspetiva em Grand Slams».

«É um marco muito especial para mim e algo que vou lembrar para sempre. Ajuda a consolidar-me um bocadinho mais para o resto do ano», frisou.

«Acabei de concretizar o objetivo que já tinha em mente, o top 50. Participar nos Jogos Olímpicos era uma oportunidade incrível. Estou mais focado nisso. Adoraria poder jogar», adiantou ainda Nuno Borges.

O tenista de 26 anos apontou também que o sérvio Novak Djokovic vai vencer o primeiro major da temporada.

«[Djokovic] é o grande favorito. Já ganhou 10 vezes. À melhor de cinco sets, é quase imbatível», destacou.

Nuno Borges tornou-se no segundo tenista português entre os 16 melhores jogadores de um major e o primeiro em Melbourne Park.

«[É] normal os jogadores atingirem o pico nesta altura, entre os 25 e os 30 [anos]. Desenvolvemos mais a capacidade física ao nosso máximo e faz-se sentir no nosso jogo. Também comecei a carreira um bocadinho mais tarde e é normal que os resultados comecem a aparecer mais agora e não há três anos, quando estava tudo a começar», finalizou.