O Manchester City, depois de ter sido afastado da Taça da Liga, em Anfield, na passada quarta-feira, voltou a escorregar esta terça-feira em Liverpool, desta feita em Goodison Park, caindo aos pés do Everton (0-1) e permitindo que o vizinho United, com uma vitória sobre o Stoke City (1-0) anulasse a distância no topo da classificação. As duas equipas de Manchester vão, assim, entrar no mês ed Fevereiro de braço dado, com os mesmos 54 pontos.

Com um Goodison Park a rebentar pelas costuras, os «citizens», sem Balotelli (ainda de castigo) e sem os irmãos Touré (na CAN-2012), bloquearam diante de um Everton aguerrido, com o reforço Drenthe entre os titulares. A equipa de Mancini procurou assumir as rédeas do jogo, mas o jogo foi equilibrado, disputado a um ritmo lento, com uma oportunidade clara para cada lado, até ao intervalo. Primeiro para a equipa da casa, com uma cabeçada de Denis Stracqualursi por cima da trave, depois para o City, com uma «bomba» de Nasri a rasar o ferro.

Esta primeira parte ficou marcada por um episódio singular (ver peça à parte), com um adepto a invadir o campo e a algemar-se a um poste de uma das balizas. Não foi fácil tirá-lo dali, mas o árbitro compensou o tempo perdido com mais cinco minutos. Já com o United em vantagem em Old Trafford, o City apresentou-se mais adiantado para a segunda parte, com Nasri, David Silva, Agüero e Dzeko a aproximarem-se da baliza de Howard, mas foi o Everton que chegou ao golo, aos 60 minutos, num rápido contra-ataque, com Landon Donovan a assistir Darron Gibson para um remate imparável.

Mancini ainda lançou sucessivamente Johnson, Kolarov e De Jong, o City aumentou a pressão, mas os «azuis» de Liverpool, foram anulando, uma a uma, todas as investidas dos forasteiros e seguraram a preciosa vitória até final. Um bom jogo para Vítor Pereira tirar apontamentos, tendo em vista a recepção ao City, jogo da primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa marcado para 16 de Fevereiro.

O adversário do F.C. Porto apresentou a seguinte formação: Hart, Richards, Kompany, Lescott (Kolarov, 68m), Clichy, Barry (De Jong, 86m), Milner (Johnson, 62m), Silva, Aguero, Nasri, Dzeko.

United vence com dois penalties

Em Old Trafford, foi o «velho» Paul Scholes que voltou a dar cartas. O veterano médio de 37 anos comandou o meio-campo dos «reds», no apoio directo a Berbatov e Chicharito, com Park e Valencia nas alas, e foi dos seus pés que saiu a primeira grande oportunidade, com um remate que passou a centímetros do poste. O ruivo voltou a estar em destaque, aos 37 minutos, quando fez a assistência para Park, num lance em que o coreano foi derrubado por Wilkinson e que permitiu a Chicharito abrir o marcador desde a marca de castigo máximo.

Com o United a controlar o jogo, tudo ficou mais fácil no início da segunda parte, quando uma falta de Jonathan Walters sobre Antonio Valencia permitiu novo pontapé da marca de grande penalidade, desta vez convertida por Berbatov. Até final, o United teve oportunidades para conseguir um resultado mais dilatado e pode, inclusive, queixar-se de mais duas grandes penalidades que ficaram por marcar. Mas o mais importante foi conseguido, a conquista dos três pontos que, combinados com o desaire do City, são ouro sobre azul para Alex Ferguson.

Confira a classificação da Premier League

Resultados da 23ª jornada

Terça-feira:

Swansea-Chelsea, 1-1

(Sinclair, 40m); Bosingwa, 90m)

Tottenham-Wigan, 3-1

(Bale, 29 e 64m; Modric, 34m); (McArthur, 81m)

Wolverhampton-Liverpool, 0-3

(Carroll, 53m; Bellamy, 61m; Kuyt, 78m)

Everton-Manchester City, 1-0

(Gibson, 60m)

Manchester United-Stoke City, 2-0

(Chicharito, 38m, g.p.; Berbatov, 53m, g.p.)

Quarta-feira:

Aston Villa-QPR

Blackburn Rovers-Newcastle

Bolton-Arsenal

Fulham-Wes Brom

Sunderland-Norwich