Numa Assembleia Geral marcada pelos apupos ao presidente Emílio Macedo, os sócios do Vitória de Guimarães chumbaram o relatório e contas de 2010/11, por larga maioria. A reunião durou mais de cinco horas e terminou de madrugada.

O emblema minhoto registou um resultado líquido negativo de quase dois milhões de euros e viu o passivo subir para os 15,1 milhões. O Conselho Fiscal teceu fortes críticas ao facto de não terem sido aproveitados valores encaixados com a venda de jogadores (cerca de 7 milhões de euros) para abater o passivo.

O que se passa com o V. Guimarães?

Terá, agora, de ser marcada uma nova Assembleia Geral e, se as contas não forem aprovadas, os órgãos sociais do Vitória caem.

Luís Cirilo e Pinto Brasil candidatos à presidência

Emílio Macedo foi muito contestado pelos cerca de 1500 sócios presentes na Assembleia, mas não se demitiu e ainda ficou a conhecer dois candidatos à presidência do clube: Luís Cirilo e Pinto Brasil.

«Esta direcção não tem condições para continuar e eu sou obviamente candidato. Isto está completamente caótico, se estivesse no lugar do presidente, depois do que ouvi hoje, ia-me embora», afirmou Pinto Brasil, que já foi candidato nas últimas eleições, no final da reunião, citado pela Lusa. Luís Cirilo não prestou declarações à comunicação social.

Já Emílio Macedo, muito contestado e, segundo a Lusa, até insultado pelos sócios, frisou que a massa associativa é «soberana», lamentando no entanto que se tenham chumbado as contas por causa do momento desportivo do clube.

«Ganhando os jogos as coisas alteram-se. Neste momento, o Vitória está numa situação desagradável, espero bem que no próximo domingo comecemos a ganhar porque os sócios não estão habituados a ver o Vitória no último lugar e daí o seu descontentamento», tentou justificar.

Agora, as mesmas contas serão apresentadas em nova Assembleia Geral. Emílio Macedo espera que «com serenidade» tudo se resolva.