O arranque da quinta jornada da Liga foi dado esta sexta-feira no Bonfim. No duelo de Vitórias (de Setúbal e Guimarães)... deu empate, numa partida em que a equipa sadina jogou reduzida a dez a partir do segundo minuto.

Do lado dos vimaranenses, Armando Evangelista repetiu o onze que na última jornada deu à formação minhota o primeiro triunfo no campeonato (1-0 ao Tondela).

À procura de uma reação à pesada derrota da última jornada com o Marítimo no Funchal (5-2), Quim Machado trocou praticamente meia equipa. Lançou Ricardo (guarda-redes cedido pelo FC Porto estreou-se esta sexta-feira pelos sadinos), Rúben Semedo, William, Arnold e promoveu o regresso de Dani.

FILME E FICHA DE JOGO

Mas o efeito imediato não foi o esperado. Logo aos dois minutos, os sadinos ficaram reduzidos a dez. Fábio Pacheco tentou emendar um mau atraso de Suk e acabou por carregar Henrique Dourado. Expulsão para o central da equipa de Quim Machado e grande penalidade convertida pelo ponta-de-lança vimaranense.

Em noite de Euromilhões, a sorte parecia ter saído aos vimaranenses, que pareciam embalados para a segunda vitória consecutiva na Liga.

Nas bancadas, o semblante era carregado, de frustração. Vale a pena ir à bola quando a história do jogo parece ficar toda escrita no início?

Vale, pois!

A ganhar por 1-0 e com mais um homem em campo, seria de esperar que os vimaranenses assumissem o controlo do jogo. Mas a equipa da cidade berço está doente. Padece de uma patologia ainda não diagnosticada e que foi disfarçada na última jornada (Vitória sobre o Tondela) com recurso a um fármaco que, afinal, não era mais do que um placebo.

Mas há que falar mais do mérito da equipa sadina, que conseguiu manter-se equilibrada. Quim Machado mandou recuar Rúben Semedo para aquela que até é a sua posição de origem e apelou à capacidade de sacrifício Costinha e de André Claro. O resto era com o contra-ataque e com Arnold Issoko, que se estreou a titular pelos sadinos e acabou por ser a grande figura da noite!

Destaques do V. Setúbal-V. Guimarães

O congolês com genes de Bolt apontou os dois golos da equipa de Quim Machado. Aos 14’, iniciou e concluiu a jogada que deu o empate à equipa de Setúbal. Por essa altura, há que dizê-lo, o conjunto minhoto até estava por cima e podia ter ampliado o marcador aos oito minutos (Josué atirou ao poste após canto batido por Tozé).

O melhor elogio que pode ser feito à equipa de Quim Machado é que raramente se notou que estava a jogar com dez. E foi assim, olhos nos olhos, que mediram forças com os vimaranenses e que chegaram ao 2-1 aos 66’. Arnold aproveitou um mau alívio de Bruno Gaspar e atirou cruzado sem hipóteses para Douglas.

Não havia sinal de quebra nos homens da equipa do Sado e Armando Evangelista lançou a última cartada. Ricardo Gomes entrou para o lugar de Montoya e foi dele o cruzamento que deu o empate aos visitantes. Ao tentar interceptar um cruzamento do atacante vimaranense, Rúben Semedo acabou por introduzir a bola na própria baliza. Sem que justificassem o empate, a formação minhota acabou o jogo instalada no meio-campo de um adversário esgotado.

Henrique, por duas vezes, e Licá estiveram perto de dar o triunfo aos vimaranenses já na recta final do encontro.
Teria sido um castigo pesado para os homens de Quim Machado.