A Briosa foi um dos clubes que não conseguiu escapar à chicotada psicológica esta época. A mudança era inevitável, na ótica de Wilson Eduardo, e, felizmente, correu bem. Voltou a trabalhar com Sérgio Conceição, que já conhecera no Olhanense, e compara dois estilos muito diferentes de liderar.

Algum treinador o marcou mais ao longo da carreira?

Todos foram importantes e tiveram a sua quota-parte na minha evolução, mas há um que não esqueço, o Luís Dias, nos sub-16 e sub-17, porque me ajudou muito, numa fase muito complicada da minha vida. Foi não só um treinador como um grande amigo que tive e ainda hoje guardo.

Como viu a mudança de Pedro Emanuel para Sérgio Conceição?

Já tinha trabalhado com o mister Sérgio, já sabia como ele era e trabalhava. O que levou à mudança foram os resultados, mas nós, jogadores, também precisávamos desta chicotada, desta nova alma e métodos, para conseguirmos atingir os nossos objetivos. Calhou o mister Sérgio, mas, se fosse outro, a situação seria provavelmente idêntica. Apesar de ser um bom treinador, penso que a mensagem já não estava a passar e, quando assim é, mais vale trocar-se para bem da instituição, que é o mais importante. Acabou por ser uma troca feliz, mas não podemos deixar de agradecer tudo o que o mister Pedro Emanuel fez por nós e pelo clube.

São estilos muito diferentes?

São formas de liderar diferentes. Cada um tem as suas ideias. O mister Sérgio é mais, como dizer, ao ponto. Consegue chegar mais ao ponto que deseja. Cada um tem a sua forma de treinar. Também conseguimos coisas boas com o mister Pedro.

Sérgio Conceição será mais emotivo?

Se calhar, quando o mister Pedro era jogador tinha ar de ser agressivo, no bom sentido, mas como treinador, conseguiu conhecer-se melhor, e acaba por não o ser tanto, nem tão fechado. Já o mister Sérgio é idêntico, como jogava é como treina, tudo no limite. Se estiver uma pontinha fora do lugar, tem de ir ao sítio. Como disse, só tenho de agradecer aos dois, por tudo o que fizeram por nós e à instituição.