Janeiro, mercado de transferências. O FC Porto mexeu no plantel, contratou três atletas (José Sá, Moussa Marega e Suk) e perdeu sete.

O que têm feito estes atletas depois de sair do Estádio do Dragão?

O Maisfutebol foi olhar caso a caso, aponta dados concretos (presenças, minutos de utilização, golos) e faz uma avaliação à qualidade das prestações.

Conclusão imediata: cinco são titulares nas novas equipas, um passa de lesão para lesão (Osvaldo) e outro não consegue entrar nos planos do treinador (Lichnovsky).

Curiosamente, dos sete, apenas dois estão em equipas que atravessam um bom momento. Imbula é titular no Stoke City, tranquilo na Premier League, e Maicon (saiu já depois de janeiro) conquistou rapidamente o seu lugar no centro da defesa do São Paulo, três vitórias e três empates nos últimos seis jogos.

Antes de uma análise mais atenta a todos eles, vale a pena também sublinhar o parco rendimento dos que entraram.

José Sá, sem surpresa, compete apenas na equipa B; Hyun-jun Suk fez 14 jogos (metade a titular) e só dois golos; Moussa Marega foi titular em quatro partidas (12 presenças no total), marcou um golo e nos últimos cinco encontros soma 36 minutos de utilização.

Cristian Tello voa nas asas da Fiorentina

FC PORTO: OS SETE JOGADORES QUE SAÍRAM EM 2016

Raul Gudiño: União da Madeira, empréstimo
. 6 jogos a titular, 540 minutos, 8 golos sofridos

Impôs-se de imediato no União da Madeira, após ter sido contratado para suprimir a lesão de André Moreira. Os resultados da equipa é que não têm ajudado. Três empates e três derrotas com Gudiño na baliza. O gigante mexicano tem confirmado a qualidade prometida ao serviço da equipa B do FC Porto.

Veredicto: está a aproveitar bem o empréstimo

Dani Osvaldo: Boca Juniors
. 4 jogos (3 a titular), 315 minutos, sem golos

Do entusiasmo inicial, espécie de bom filho a casa torna versão argentina, ao calvário das lesões. E das derrotas. Osvaldo fez três jogos no arranque da época, magoou-se, voltou para fazer um jogo e caiu novamente no departamento médico. Nem um golo para amostra, depois dos 12 jogos e um golo de dragão ao peito.

Veredicto: não se afirmou no FC Porto, arrasta-se no Boca

Cristian Tello: Fiorentina
. 10 jogos (8 a titular), 732 minutos, 1 golo

Elogios, muitos elogios, nos primeiros jogos ao serviço da equipa de Paulo Sousa. Joga com regularidade, marcou à Atalanta numa vitória por 3-2, mas quebrou de rendimento nas últimas jornadas, tal como a formação Viola.

Veredicto: meia temporada dececionante no Dragão, adaptação feliz a Florença

Igor Lichnovsky: Sporting Gijón, empréstimo
. 1 jogo (1 a titular), 90 minutos, sem golos

Arranque prometedor, titular contra o Barcelona. Derrota por 1-3, normal, e afastamento total do onze inicial. Esteve seis vezes no banco de suplentes, a ver o Sporting a sofrer na luta pela sobrevivência na liga espanhola.

Veredicto: experiência para esquecer nas Astúrias

Aly Cissokho: Aston Villa
. 15 jogos (15 a titular), 1350 minutos, sem golos

Numa das piores temporadas do histórico de Birmingham, Cissokho tem sido o dono do lado esquerdo da defesa. A descida de divisão é uma inevitabilidade. Época para esquecer para o francês, pois, depois de ter sido constantemente esquecido por Julen Lopetegui no regresso ao FC Porto.

Veredicto: titular indiscutível numa equipa condenada à descida

Gianni Imbula: Stoke City
. 9 jogos (9 a titular), 810 minutos, 1 golo

O Ferrari não saiu da garagem no Dragão e passeia agora com a camisola vermelha e branca do Stoke. Um bom golo, nove partidas a titular, adaptação rápida às exigências do treinador Mark Hughes, apreciador do seu talento.

Veredicto: titular e sempre com rendimento regular na Premier League

Maicon: São Paulo, empréstimo
. 11 jogos (11 a titular), 990 minutos, 1 golo

O erro contra o Arouca, e a consequente reação, obrigou o clube a uma solução radical. O defesa rumou ao São Paulo e é um dos pilares da equipa. Titular absoluto no onze inicial de Edgardo Bauza e alvo de críticas positivas.

Veredicto: sem condições no Dragão, segunda vida no Morumbi