O Estoril continua a capitalizar os efeitos do grande início de época e, este domingo, depois de ganhar preciosa vantagem só com metade da primeira parte, acabou por confirmar o triunfo com algum sofrimento na parte final do jogo.

Os «canarinhos» são, neste momento, uma equipa a nadar em motivação, segura e confiante, que exibiu a qualidade de circulação de bola caraterística face ao futebol de rompante dos arouquenses, em transições rápidas, mas nem sempre objetivas.

Os homens de Pedro Emanuel acusaram, de resto, algum nervosismo, bem patente nas constantes discussões com o árbitro, ou com os adversários. Não era isto, seguramente, que os arouquenses esperavam para este dia de estreia caseira.

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O encontro foi, todavia, «desequilibrado» pela grande penalidade assinalada logo aos 20 minutos contra a equipa da Serra da Freita, que perdeu ainda Nuno Coelho, expulso em consequência de protestos.

Logo a seguir, os estorilistas fizeram o 0-2, outra vez de bola parada, e sentenciaram praticamente a partida, deixando, ainda assim, uma ponta solta para os minutos finais quando Mika reduziu a vantagem.

Em suma, os comandados de Marco Silva elevaram para quatro o número de vitórias em cinco jogos oficiais, e mantêm-se na frente da Liga.

Já agora, aquela questão da recuperação dos jogadores, devido ao encontro com o Pasching, havia menos de 72 horas? Ninguém notou. E o técnico nem fez grandes alterações na equipa. Apenas retirou Filipe Gonçalves e Luís Leal, para lançar Diogo Amado e Sebá no onze. Não houve qualquer diferença.

Uma questão de (in)experiência?

Em Arouca, já se sabe, vai-se passar a semana a vociferar contra Manuel Mota, mas a verdade é que atribuir ao árbitro, única e exclusivamente, a responsabilidade pela derrota seria, no mínimo, leviano. Há muito mais para além disso.

Vale a pena atentar no facto de o Arouca ter apresentado uma defesa, constituída na totalidade, por jogadores, guarda-redes incluído, que jogavam na II Liga na época passada. As bolas paradas foram determinantes e, é certo, quando uma equipa está na mó de cima, como o Estoril, parece que tudo lhe sai bem.

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

O segundo golo, obtido a partir de um livre indireto finalizado por Galvão, veio logo a seguir ao primeiro, de grande penalidade, pelo inevitável Evandro, e isso foi meio-caminho andado para selar o triunfo.

Com menos uma unidade, o Arouca procurou reagir, mas esbarrou num Estoril em perfeito estado de graça, personalizado, que soube gerir os tempos de jogo, até que, outra vez numa bola parada, um canto, Mika conseguiu reduzir com 15 minutos para o fim.

O final foi emotivo, com golos falhados em ambas as balizas, por Balboa e Romário, e a equipa da casa deu, desta forma, pelo menos uma imagem de dignidade, ficando o empate à distância de um mero momento de inspiração. Que não aconteceu.