Depois do nulo no final do tempo regulamentar, os «chipolopolo», com o guarda-redes Mweene em destaque, levaram a melhor na lotaria dos penalties. Os experientes Kolo Touré (Manchester City) e Gervinho (Arsenal) falharam os seus remates.
Ao contrário do que aconteceu em 1992, quando a Costa do Marfim conquistou a CAN pela primeira vez, após vencer o Gana nas grandes penalidades (11-10) e depois do nulo no tempo regulamentar, tudo apontava para uma «reedição» daquela final do Senegal quando o 0-0 também permaneceu no marcador esgotado o prolongamento.
Mesmo com Kolo Touré na defesa e Salomon Kalou (Chelsea), Yaya Touré (Man. City), Drogba (Chelsea) e Gervinho no ataque, entre outros jogadores que alinham nas provas europeias, a experiente Costa do Marfim, 18ª selecção do mundo (e primeira africana) não conseguiu dominar a 71ª do ranking.
Os penalties revelaram-se um problema para os marfinenses ainda na segunda parte, quando o capitão Drogba falhou a marcação do castigo máximo (falta sobre Gervinho), à passagem do minuto 70. O avançado do Chelsea atirou por cima, naquele que foi o seu segundo penalty falhado na 28ª edição da Taça das Nações Africanas.
Na primeira parte do prolongamento (95m), os irmãos Katongo estiveram perto de decidir a final, após bom trabalho de Felix pela direita mas com o capitão Christopher a acertar no poste. Barry Copa, que alinha nos belgas do Lokeren, estava batido, ele que foi um dos mais fracos da equipa, como se viria a confirmar nas grandes penalidades.
Do outro lado, Mweene, uma vez mais, negou a vantagem (117m) à Costa do Marfim, após remate de Gervinho.
Nas grandes penalidades, Sol Bamba permitiu a primeira defesa de Mweene, mas o árbitro mandou o defesa do Leicester City repetir. Uma decisão errada, já que o guarda-redes não se mexeu antes de tempo. Na segunda tentativa, Bamba não falhou.
Drogba, que falhou dois penalties na prova, foi chamado a marcar o último da primeira série e, friamente, sem balanço, bateu o guarda-redes da Zâmbia.
Na segunda série, com o marcador a registar 7-7, Kolo Touré permitiu a defesa de Mweene. Na resposta, Kalaba acusou a pressão, atirou por cima e adiou a festa da Zâmbia. O seleccionador François Zahoui insistia em Gervinho para marcar, Drogba incentivou o compatriota dos «gunners» a marcar e a falta de confiança de Gervinho acabou por revelar-se fatal, ao falhar o seu penalty. Sunzu marcou o 8-7 e garantiu a conquista da Taça.
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