Uma das personagens mais atípicas do pelotão internacional, o experiente australiano, um dos únicos capazes de completarem as três principais Voltas numa só temporada – e, neste caso, já lá vão mais de três épocas, uma vez que esta é a sua décima grande consecutiva -, fez valer uma vez mais o seu apurado sentido tático atacando a apenas quatro quilómetros da meta, numa subida não catalogada, para coroar-se como o melhor em Cangas de Morrazo.
O efeito surpresa do ataque de Adam Hansen, que saltou do grupo para responder a uma aceleração do belga Philippe Gilbert (BMC), deixou as equipas dos sprinters sem reação e permitiu ao australiano celebrar a sua segunda vitória numa grande (depois da conquistada no Giro2013) com o tempo de 4:21.58 horas.
Num dia calmo para os homens da geral, com a Sky de Chris Froome, o segundo da geral a 01.19 minutos do camisola vermelha, a garantir que no Monte Faro não existissem ataques dos primeiros classificados e o líder Alberto Contador (Tinkoff-Saxo) a agradecer o favor, os grandes animadores da tirada foram Wout Poels (Omega Pharma-QuickStep), Laurent Mangel (FDJ) e Pim Ligthart (Lotto- Belisol), fugitivos desde o quilómetro 25, mas condenados por uma margem que nunca excedeu os três minutos.
Sérgio Paulinho chegou no grupo da frente, na 51ª posição e é 57º da geral, a 2:02.35 horas do seu chefe de equipa. Menos positiva foi a jornada de André Cardoso (Garmin-Sharp), que perdeu 03.58 minutos, mas, ainda assim subiu a 26.º da geral.
Entre Contador e a vitória na Vuelta só há agora duas etapas, sendo a mais dura a deste sábado. Na 20ª tirada, o pelotão irá percorrer 185,7 quilómetros entre Santo Estevo de Ribas de Sil e o alto de Ancares, uma contagem de categoria especial a fechar um quarteto montanhoso (uma de primeira, outra de segunda e uma de terceira).
Esta 19ª etapa ficou marcada pela queda do italiano Dariao Cataldo [ver artigo relacionado].
