Que dia fantástico no Mundial 2014, prometendo um dos melhores torneios de sempre. Quatro jogos, ritmo intenso, surpresas e um hino ao futebol entre Inglaterra e Itália.

A seleção transalpina saiu por cima, com golos de Marchisio e Mario Balotelli. Os ingleses, em processo de renovação, demonstraram apetite pela baliza adversária mas encontraram em Sirigu um opositor à altura. 
 
Foi um jogo fantástico, com pouco para descrever: se não viu, será difícil explicar o que perdeu. 2-1 para a Itália e a liderança do Grupo D para a surpreendente Costa Rica, que marcou mais um golo.

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A Costa Rica baralhou as contas teóricas do Grupo D antes do prato principal, com Inglaterra e Itália em cima da mesa. O Uruguai, após o quarto lugar no Mundial de 2010, voltou a demonstrar uma fraca inspiração para o primeiro jogo – não vence um há 44 anos – e caiu com estrondo.

Sem Luis Suárez e Forlán pouco inspirado, foi Cavani a inaugurar a contagem mas a Costa Rica deu a volta. Com total mérito, saliente-se. Destaque para Joel Campbell, autor do primeiro golo. Óscar Duarte, nascido na Nicarágua, fez o 1-2 e Ureña saltou do banco de suplentes para selar o triunfo ao minuto 84 (1-3)

Confira a ficha de jogo e a crónica do Uruguai-Costa Rica

No Grupo C, a Colômbia assumiu o favoritismo e lidera após triunfo por números expressivos frente à Grécia de Fernando Santos. Os cafeteros colocaram-se em vantagem rapidamente e entregaram a iniciativa de jogo ao adversário, que não está habituado a tal.

A formação helénica, que festeja o décimo aniversário da conquista do Euro2004, procurou regressar ao jogo mas não criou grandes lances de perigo e foi traída por novo golo colombiano, desta vez em lance de bola parada. Jackson Martínez entrou em campo na reta final e James fechou as contas em período de compensação (3-0)

Confira a ficha de jogo e a crónica do Colômbia-Grécia

No outro jogo do grupo C, Costa do Marfim e Japão estrearam o horário que obrigou alguns portugueses a combater o sono até de madrugada.

Com Didier Drogba a iniciar o encontro no banco de suplentes, a Costa do Marfim entrou mal e permitiu o golo do Japão, um belo golo por sinal. Keisuke Honda materializou o ascendente nipónico na primeira meia-hora. 

A seleção africana respondeu na etapa complementar, logo após a entrada de Drogba. Em dois minutos, Bony e Gervinho afundaram o Japão (2-1).

Confira a ficha de jogo e a crónica do Costa do Marfim-Japão

A figura do dia: É inevitável a referência a Joel Campbell, herói da Costa Rica frente ao Uruguai, mas aqui fica a menção honrosa para Andrea Pirlo. Não marcou no Inglaterra-Itália, não assistiu (abrir as pernas não é uma assistência, mas devia) mas encheu o campo. Mais de 100 passes e um momento sublime para a despedida. Um livre com a parte de dentro do pé, a cortar a bola, levando-a a mudar de trajetória a meio do campo. Joe Hart iludido, só a trave desfez o sonho.

A frase: «Há uma canção sobre nós que diz: nunca favoritos, sempre a partir de trás». Oscar Tabárez, desolado após a derrota frente à Costa Rica, continua a acreditar no apuramento do Uruguai para a próxima fase do Mundial.

O número: 44. O Uruguai não vence o primeiro jogo de um Campeonato do Mundo há 44 anos, ou seja, desde 1970. Nas cinco presenças seguintes, arrancou com derrotas ou empates. Aliás, foi o que aconteceu em 2010, mas o Uruguai terminaria o Mundial na quarta posição. Neste sábado, foi surpreendido em larga escala pela Costa Rica.

O caso: «Quero recordar umas palavras do meu amigo Mourinho quando disse que Casillas já não era o grande guarda-redes e saiu-lhe bem caro. Teve de ir de Madrid. E hoje dou razão ao meu amigo Mourinho». Diego Armando Maradona colocou mais uma acha para a fogueira que arde em torno de Iker Casillas, após a goleada da Holanda frente à Espanha. Vários compatriotas saíram em defesa do guarda-redes espanhol, mas D10S foi em sentido contrário.

O Campeonato do Mundo segue sem interrupções. Nova dose de emoções neste domingo. Veja aqui os próximos pratos da ementa.

[artigo original: 04h05]