A profissionalização dos árbitros portugueses de futebol é uma realidade a partir desta sexta-feira, dia 1 de Novembro de 2013. Esta primeira época de profissionalização dos árbitro decorre até 30 de Maio do próximo ano. O processo está já pensado para as duas temporadas seguintes. Os árbitros a prestarem serviço à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) neste ano de estreia serão nove e serão pagos pela sua nova entidade patronal.

Pedro Proença, Olegário Benquerença, Duarte Gomes, Jorge Sousa, Carlos Xistra, Artur Soares Dias, João Capela, Hugo Miguel e Marco Ferreira são os primeiros árbitros que vão ser profissionais em Portugal.

«Histórico» foi como o presidente da APAF, José Gomes, e o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira, consideraram este momento para a arbitragem nacional, cujo novo modelo foi apresentado nesta sexta-feira na sede da federação.

Os árbitros vão ser remunerados, em regime de prestação de serviços [recibo verde], com 2.500 euros mensais, mais, como já estava a acontecer, prémios de jogo e patrocínios das camisolas.

O modo e avaliação dos árbitros para a restante época será idêntico ao que é feito no presente.

O modelo será ajustado na próxima época, com o número de árbitros a subir para 12/14 juízes, com um ordenado fixo escalonado em três grupos [G1, G2 e G3], mais prémio de jogo e bónus de desempenho determinado por critérios técnicos.

Em 2014/14 entrarão também já 10 árbitros assistentes com insígnias FIFA.

Em 2015/16, o Conselho de Arbitragem prevê que o número de árbitros suba para 18/20 profissionais, numa estrutura que manterá os dez árbitros assistentes.

Os árbitros passam das atuais 176 horas de treino semanais para mais de 350 horas e estarão e estarão adstritos ou ao centro de treinos da Maia ou ao do Monte da Galega. Esses serão o locais de trabalho onde os árbitro terão de se apresentar quatro dias por semana, das 14:00 às 18:00. Só para treinar.

Aos novos árbitros profissionais, a FPF pagará 2.500 euros brutos e cederá as instalações e os equipamentos desportivos e os técnicos especializados de apoio. Aos árbitros caberá fazer os descontos para o Estado, pagar as deslocações e estadias e os seguros não atribuídos à FPF enquanto entidade empregadora.

Esta estrutura será gerida pela FPF com a criação de uma entidade gestora da arbitragem do futebol profissional. Da estratégia faz parte a constituição de um quadro de árbitros e árbitros assistentes com vínculo à FPF.