Alex Ferguson obrigou-o a cortar as longas rastas e não ficou convencido com o seu nome. Bebé passou a Baby, antes de voltar a ser o que realmente é.

Nesta parte da entrevista ao Maisfutebol, o avançado do Manchester United, de 22 anos e cedido ao Rio Ave, recorda os melhores episódios vividos com o mítico treinador escocês, homem de pronúncia incompreensível.

Já percebeu o que terá levado Sir Alex Ferguson a dar nove milhões por si em 2010?

«(risos) Os dois meses que eu fiz no Guimarães foram perfeitos. Não sei se o valor foi justo ou não, mas sei que o senhor Ferguson confiou muito nas informações que lhe passaram sobre mim. Posso marcar a diferença pela forma como arranco e ganho metros. No futebol inglês, principalmente aí, isso é fundamental. Se calhar o senhor Ferguson achou o mesmo».

É um treinador que intimida os jogadores, como alguns dizem?

«Não, nada. Quando ralha com algum jogador é apenas para ajudar, por sentir que esse jogador pode dar mais. Por exemplo, com o Nani isso acontecia muitas vezes. O senhor Ferguson encontrava sempre um defeito em tudo o que o Nani fazia. Provavelmente porque achava que ele podia chegar ao nível do Cristiano Ronaldo».

E é verdade que o Alex Ferguson obrigou-o a cortar o cabelo?

«Aconselhou-me a isso, sim. Eu entrei na sala dele e vi que ficou a olhar para mim, muito concentrado. Hmmm, esse cabelo, assim¿ se cortares ficas com mais pinta. Claro que o fui cortar no mesmo dia. No treino seguinte ele nem me reconheceu (risos). Passei por ele várias vezes e não percebeu que era eu».

Ele falava muitas vezes consigo nos treinos, tinha paciência?

«Falava muito, mas eu percebia pouco. Ele tem um sotaque assustador, não dá para entender nada (risos)».

Pediu para mudar o seu nome ou aceitou que continuasse a ser Bebé?

«Sim, aceitou, mas chamava-me Baby no início. Depois lá percebeu que não era bem assim».