Formado no FC Porto, Candeias cresceu longe de casa. Natural de Fornos de Algodres, perto de Viseu, o avançado veio para o Porto aos 14 anos e habituou-se a estar longe da família. Cresceu no reino do Dragão e estreou-se pela equipa principal na temporada 2008/09, pela mão de Jesualdo Ferreira, tendo feito uma boa soma de jogos (nove e um golo), incluindo uns minutos na Liga dos Campeões.
 
Contudo, a meio da época foi emprestado ao Rio Ave e de lá seguiu para Huelva, depois Paços de Ferreira e Portimonense, antes de se desvincular dos dragões e assinar pelo Nacional.
 
Ao Maisfutebol conta por que não conseguiu explodir definitivamente de dragão ao peito.
 
Passou pelo Benfica depois de se ter lançado no FC Porto. Sendo dois grandes do futebol português, acha que são clubes parecidos ou mais diferentes do que se possa pensar?
 
São dois grandes clubes. Sabia da grandeza do Benfica, mas estando por dentro nota-se que é um clube muito maior do que as pessoas pensam. É o maior clube em Portugal.
 
O que falhou no FC Porto, quando parecia que iria começar a ter oportunidades na equipa de Jesualdo Ferreira?
 
Tive um problema de saúde, que muita gente não soube e tive de estar parado quase meio ano sem jogar, que era o que me fazia mais feliz. O problema? Tive uma anemia. Consegui dar a volta por cima e tenho agradecer ao mister Jesualdo Ferreira pela oportunidade que me deu. Sabia que se tivesse estado bem tinha jogado mais vezes porque ele tinha muita confiança em mim. Este problema afastou-me.
 
O Candeias pertence a uma geração de extremos portugueses do FC Porto que prometeram muito mas nenhum se afirmou no clube, casos de Vieirinha, Hélder Barbosa, Bruno Gama, Ivanildo. Que explicação encontra?
 
É no FC Porto, é no Benfica, é em muitos clubes em Portugal. Não sei porquê. São jogadores que agora estão noutras equipas e são dos melhores. Em Portugal dão valor mais depressa a um estrangeiro, com todo o respeito, do que ao português. E não é dar uma oportunidade, correr mal e nunca mais jogar. É deixar estar, como deixam estar os estrangeiros. É dar oportunidades para confirmarem o seu talento. Acho que agora estão a começar a abrir mais os olhos, também por necessidade. Mas vou para a Alemanha, por exemplo, e vejo que as equipas têm mais alemães do que estrangeiros. Isso dá que pensar.
 
Tem ídolos ou referências no futebol?
 
O Quaresma sempre foi uma referência para mim porque é o estilo de jogador que mais me identifico. Toda a gente tem o Ronaldo, mas é um jogador completamente diferente. Tenho o Quaresma e fiquei agora a admirar ainda mais o Gaitán, que tem uma qualidade enorme. Fiquei muito contente por treinar com ele e ver de perto a sua qualidade.
 
Já agora, como vê o momento do Quaresma no FC Porto, que este ano parece destinado a um papel menos influente?
 
Continua a ser um jogador muito importante para a equipa. Sempre deu tudo pelo clube e é muito acarinhado. A qualidade está lá e estará sempre porque é um jogador de bastante qualidade e eu admiro-o bastante.