*Enviado-especial ao Euro 2016

Quatro perguntas sobre Cristiano Ronaldo. Depois da primeira resposta, Fernando Santos foi sempre sorrindo. Para um selecionador que não gostar de falar individualmente dos jogadores que treina, não foi fácil lidar com a insistência dos jornalistas, mesmo que treine um dos futebolistas de topo na atualidade.

«Ronaldo é o melhor do mundo, que querem que diga mais? Só isso. Isto chega para dizer a importância do Ronaldo», respondeu, antes de ser questionado sobre a diferente posição do capitão da Seleção no seu clube, o Real Madrid. «Vi muito, como é óbvio, o Real Madrid. Quando não havia Benzema, quem jogava? Cristiano Ronaldo. Aqui tem liberdade total, como tem no Real. Começa na esquerda, mas depois aparece lá menos vezes do que noutros lugares.»

A liberdade acaba com a perda da bola, garante Santos. «Obrigações de movimentações todos têm, isto é uma equipa e as dinâmicas têm de ser respeitadas. Liberdade de posicionamento, isto é, se jogas à esquerda, à direita, sobre a linha, ele tem Aliás, uma das grandes oportunidades que criámos foi quando caiu na esquerda e depois o Nani cabeceou. Todos da frente têm liberdade total de movimentos, para procurarem criar desequilíbrios e fazer roturas. Sem bola, todos temos de nos integrar.»

O treinador teve também de chutar para canto uma questão sobre se Cristiano ia continuar a marcar livres, face à atual taxa de insucesso, ou se ia deixar que outros como Raphäel Guerreiro assumissem as bolas paradas. «Desculpem, mas não vou dizer aqui ao treinador da Áustria o que fazer… Vale mais enviar uma carta. Ele envia-me um email e eu respondo, não posso ser só eu a abrir o jogo.»