O presidente do Sindicato dos Jogadores (SJ), Joaquim Evangelista, declarou esta segunda-feira que casos como o de Paulo Santos, ex-Sp. Braga, o incomodam. O dirigente explicou que os clubes colocam futebolistas a treinar à parte de modo a pressioná-los para uma rescisão contratual. Evangelista disse mesmo que «a ditadura no futebol existe», aludindo aos dirigentes que admitem tais situações.
O sindicalista começou por enumerar razões que levam os clubes a pôr jogadores a treinar à parte: «Não digo que seja o caso, mas uma é a mudança de treinador; outra, as características do futebolista, se tem peso, se é uma referência com autoridade no balneário; a mais comum é porque se quer contratar outros jogadores; a quarta, é a prepotência de alguns dirigentes e esta é uma mensagem para eles.»
Depois, o presidente o SJ referiu que «o Sp. Braga teve todas as hipóteses de dialogar» com Paulo Santos. «Mas há dirigentes sem essa capacidade, não sabem conviver democraticamente, a ditadura existe no futebol», considerou.
Por fim, Joaquim Evangelista apelou «a todos os jogadores a reagirem» perante estes casos.