Há um «Nemo» no balneário do Real Madrid e não se trata do famoso peixe-herói do cinema animado. Há também dois senhores (um «señor» e um «monsieur», distinga-se), um «avô» português e muitas mais alcunhas de jogadores a que a Marca teve acesso e que publica nesta quarta-feira.

Comecemos pelos portugueses. Segundo o diário desportivo espanhol, e através de um jogador que pediu anonimato, Cristiano Ronaldo é conhecido por «Máquina», tipo aquela máquina, de quem esbanja talento, portento e ambição. Pepe é «Pepinho» e Ricardo Carvalho é o «avô» da equipa. Pela idade (o defesa tem 32 anos) e pela seriedade.

O jovem alemão Mesut Ozil é «Nemo», por causa dos olhos esbugalhados ou, como dizem na brincadeira os seus companheiros, por ter uma grande visão de jogo. O compatriota Khedira é Sami, precisamente o seu primeiro nome.

O argentino Di María é «Angelito», alcunha pela qual já era conhecido quando chegou à Luz e que está relacionada com o seu primeiro nome Ángel. O compatriota Garay é o «Negro», pelo bronzeado da pele, enquanto Higuaín passou de «Pipita» a «Pipa». Já Gago é «Fer», de Fernando.

E nem Iker Casillas, o capitão, escapa. Há quem lhe chame «Capi», precisamente pela braçadeira, mas também há quem o trate por «Culote», que, no calão espanhol, estará relacionado com a sorte, como na nossa expressão portuguesa «com o rabo virado para a lua».

Sergio Ramos é «Cuqui», de bolacha, sim, uma alcunha que nasceu no seio familiar, ao passo que a de Raúl Albiol tem origem na selecção espanhola. Pepe Reina começou a chamá-lo de «Chori», abreviatura de chouriço. Arbeloa é o «Robocop», por passar muito tempo no ginásio e Xabi Alonso é um «senhor». Granero já era conhecido como o «Pirata», mas no Real chamam-lhe ainda «boémio», mais pelas tendências «retro» do que pela vida nocturna.

Pedro Léon é o «Tomate», em homenagem a Murcia, sua terra natal; já Canales é o «niño», ele que é mais novo do plantel.

O brasileiro Marcelo, alegadamente o mais brincalhão dos merengues, é o «Louco», enquanto Kaká é «Ricky», de Ricardo, o seu primeiro nome, e uma alcunha que viajou desde Milão.

O togolês Adebayor foi o último a chegar, mas os jogadores dividem-se, ainda, entre três alcunhas: «Manolito», de Emmanuel, «Avatar» ou «Adenabor», estas últimas não se sabe por que razão.

E se Benzema é «Monsieur», o também francês Diarra é simplesmente Lass, de Lassana.