Poucas horas após o comunicado do Chelsea a dar conta de um «acordo final e definitivo» para a venda do clube ao consórcio Todd Boehly/Clearlake Capital, Roman Abramovich deixou uma carta de despedida reproduzida nos meios oficiais dos blues.

«Já passaram quase três meses desde que anunciei a minha intenção de vencer o Chelsea. Durante este período, a equipa trabalhou arduamente para encontrar o líder que estaria melhor posicionado para liderar com o sucesso do clube no seu próximo capítulo. A propriedade deste clube acarreta muita responsabilidade. Desde que cheguei ao Chelsea, há quase vinte anos, testemunhei em primeira mão o que o clube pode alcançar. O meu objetivo foi garantir que o próximo proprietário tenha uma mentalidade que permita o sucesso da equipa masculina e feminina e o impulso de continuar a desenvolver aspetos chaves do clube como a Academia ou a Fundação Chelsea», pode ler-se. 

«Estou satisfeito com esta conclusão bem-sucedida. Agora que entreguei o Chelsea aos novos donos, gostaria de desejar-lhes o maior sucesso dentro e fora de campo. Foi uma honra na minha vida fazer parte deste clube - gostaria de agradecer a todos os jogadores, funcionários e claro, aos adeptos. Estou orgulhoso de que, como resultado dos nossos sucessos conjuntos, milhões de pessoas agora beneficiarão da nova fundação de caridade que está a ser criada. Este é o legado que criámos juntos. Obrigado», lê-se ainda. 

Os Os londrinos tinham anunciado a 7 de maio que um consórcio liderado pelo bilionário norte-americano Todd Boehly iria adquirir o Chelsea por 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros). Tiveram de receber aprovação da Premier League, do governo inglês e do governo de António Costa pelo facto de Abramovich ter passaporte português para que o negócio fosse concluído.