A Confederação Asiática de Futebol (AFC) anunciou, ao final da manhã desta terça-feira, que decidiu banir da cobertura da Taça Asiática e de futuros torneios todos os repórteres iraquianos responsáveis pela revolta com o selecionador Jesús Casas, na sala de imprensa, após a eliminação da seleção ante a Jordânia (3-2), na segunda-feira.

Tudo aconteceu na sala de imprensa do estádio Khalifa International, em Doha, no Qatar, com o técnico espanhol do Iraque a ser alvo das frustrações dos repórteres presentes.

«A AFC condena fortemente qualquer tipo de comportamento indisciplinado e agressivo e adota uma postura de tolerância zero contra estas ações. Acreditamos na promoção de um ambiente em que os jornalistas possam participar no seu trabalho de cobertura do futebol asiático com profissionalismo e respeito mútuo», assinala a AFC, em comunicado, visando o sucedido na conferência de imprensa.

«A AFC está extremamente desapontada com as ações testemunhadas durante a conferência de imprensa após o jogo entre o Iraque e a Jordânia e tomou a rápida decisão de impedir os indivíduos responsáveis de cobrir, não só a Taça Asiática, mas também futuros torneios da AFC. A acreditação é um privilégio que vem com a responsabilidade de aderir aos padrões éticos e os que violam esses padrões, vão sofrer as consequências», assinala o organismo.

«Estamos confiantes de que a nossa resposta nesta ocasião servirá como elemento dissuasor, enviando uma mensagem clara de que tal comportamento não será tolerado», assinala, ainda.

A Associação de Futebol do Iraque (IFA) também já reagiu em comunicado, condenando o comportamento dos jornalistas para com Jesús Casas. «Seguimos com grande consternação os episódios que tiveram lugar na conferência de imprensa do nosso selecionador, Jesús Casas, depois do jogo com a Jordânia, num momento que foi mais doloroso do que a indesejada saída da nossa seleção da Taça Asiática», refere a IFA, sublinhando ainda que «estes eventos não têm ligação com os autênticos meios de comunicação iraquianos, conhecidos pelas suas posições honrosas».

«O comportamento visto é uma mancha negra nos meios de comunicação do Iraque, causado por alguns nomes que tiram proveito da sua inesperada presença na conferência. Denunciamos o comportamento abominável contra o treinador e confirmamos que decidimos não lidar mais com estes meios de comunicação que procuram causar o caos no futuro. Vamos seguir métodos legais para restaurar a reputação do treinador e abordaremos as autoridades competentes para explicar o que aconteceu», acrescentam.