José Peseiro disse esta sexta-feira que o FC Porto não está bem, até porque vem de duas derrotas seguidas, mas garantiu que também não está tão mal como se quer fazer crer.

«Vocês colocam as coisas de uma maneira... O que nós colocamos aqui é que não estamos contentes, é um mau momento e isso reconhecemo-lo, no qual nós temos responsabilidade», começou por referir.

«Mas também sabemos, e não serve para desculpar-nos, serve para treinarmos com mais afinco, que vimos de duas derrotas em que não fizemos golos em 45 remates, em que tivemos oportunidades suficientes para vencer, em que fizemos um jogo com qualidade que bastava para vencer.»

Por isso, acrescentou o treinador do FC Porto, os resultados vão mudar rapidamente, porque a equipa não pode continuar a ser perseguida pelo azar permanentemente.

Os azuis e brancos recebem o Nacional, no Dragão, no domingo, e Peseiro garante que basta jogar o que a equipa já jogou no passado para poder vencer.

«O que isto tudo me diz é que vamos mudar o momento, que não iremos falhar tantos golos, que vamos manter o que fizemos de bom e se possível melhorar. Isto é a nossa certeza e a nossa convicção», sublinhou.

«São momentos que nos têm penalizado e que nós queremos mudar para atingir as vitórias. Basta jogar com o Nacional o que jogámos contra o P. Ferreira e marcar as oportunidades que tivemos, para ganhar.»

E a visão otimista continua, mesmo quando o treinador é confrontado com o facto de o FC Porto não marcar um golo há mais de 200 minutos.

«Isso é sinal de que vamos marcar. Quando não se marca, vai-se marcar. Estamos determinados, com um bocadinho de raiva, mas sem perder a cabeça. Nunca podemos deixar que a questão da falta de golos nos influencie».

O treinador recusa, para já, avançar o onze para o jogo com o Nacional, mas garante que não haverá revoluções no modelo.

«Vamos jogar com 11 jogadores bons e teremos sete bons no banco. Temos preparada a estrutura de 4-2-3-1, mas também de 4-4-2. Mudar modelo agora, sem a equipa estar preparada não faz sentido».