PSV Eindhoven e Atlético Madrid empataram sem golos no Phillips Stadium e a adiaram a decisão sobe a qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões para o Vicente Calderón. Apesar de ter jogado em casa, o resultado acaba por ser satisfatório para a equipa holandesa que jogou mais de vinte minutos com menos um jogador e adia todas as decisões para um segundo jogo em que já vai poder contar com Luuk de Jong.

Confira a FICHA DO JOGO

Duas filosofias de futebol bem distintas em Eindhoven, com um PSV, órfão de Luuk de Jong (melhor marcador da equipa) que cumpre um jogo de castigo, a tentar manter maior posse de bola, com um jogo controlado, sem arriscar muito no ataque – Phillip Cocu disse mesmo na conferência de imprensa que um 0-0 seria um bom resultado – e um Atlético Madrid mais na expetativa, determinado a surpreender o adversário em velocidade. Talvez por isso não tenha surpreendido que Diego Simeone tenho apostado em Óliver Torres em detrimento de Correa.

De facto, o PSV teve mais bola na primeira parte, mas o Atlético contou com três oportunidades de golo contra apenas uma dos holandeses. A primeira logo aos cinco minutos quando Vietto fugiu a toda a gente a desviou a bola antes de chocar com Zoet. Valeu ao PSV o corte de Bruma antes da bola passar a linha fatal. A segunda, aos 19 minutos, desta vez por Koke que tentou bater Zoet com um chapéu, mas o guarda-redes holandês chegou à bola. A terceira oportunidade, talvez a mais evidente, teve Griezmann como protagonista. Perda de bola do PSV, lançamento em profundidade de Koke e o avançado francês tentou picar a bola sobre Zoet que conseguiu defender in extremis. Três raids do Atlético que, por muito pouco, não deram golo.

Pelo meio, o PSV teve mais bola, mas raramente conseguiu entrar na área de Oblak com a bola controlada. Apenas uma exceção na primeira parte, na sequência de uma investida de Narsingh que entrou na área em drible e assistiu Pröpper que atirou à queima-roupa e obrigou Oblak a uma defesa por instinto. Locadia ainda tentou a recarga, mas Filipe Luís cortou o lance. Foi a melhor oportunidade de um PSV que teve sempre mais preocupado em manter o equilíbrio do que propriamente provocar desequilíbrios no adversário.

Agora contra dez...

A segunda parte começou com um Atlético mais adiantado no terreno, a colocar maiores dificuldades ao PSV, que já não conseguia sair a jogar, nem manter a posse de bola com que terminou a primeira parte. Crescia a pressão dos colchoneros e multiplicavam-se os erros dos holandeses. Ainda assim, o primeiro susto desta segunda parte foi para os espanhóis, num corte de Koke que por muito pouco não resultou num autogolo. Um lance, aos 57 minutos, que curiosamente proporcionou o primeiro pontapé de canto para a equipa de Phillip Cocu, o que diz bem o que foi este jogo.

Se a vida estava difícil para o PSV, mais difícil ficou a partir do minuto 68, quando Pereiro, avançado uruguaio que rendeu Luuk de Jong esta noite, viu um segundo cartão amarelo em poucos minutos. Diego Simeone, que já tinha lançado Fernando Torres, lançou ainda Correa na tentativa de voltar a casa em vantagem. Do outro lado, Cocu reforçava a defesa com Isimat-Mirin, procurando, a todo o custo, manter o nulo, para decidir tudo em Madrid, no jogo em que já vai poder contar com Luuk de Jong.

Os últimos minutos proporcionaram uma pressão crescente do Atlético Madrid e um PSV em dificuldades. Gabi tentou o golo com um remate de longe, Torres atirou por cima da barra e Correa encheu o pé para acertar em cheio na cara de Bruma.

Mas nada feito. Hoje não era noite para golos, como Phillip Cocu tinha, aliás, previsto.