O PSV-Manchester United teve muito para contar correspondendo às expectativas com que se aguardava este jogo. Mas teve muito mais do que se poderia esperar nas previsões iniciais. Se o regresso de Memphis Depay a Eindhoven tinha tudo para deixar mais triste a sua antiga equipa, a lesão arrepiante de Luke Shaw trouxe um nível de drama impossível de antecipar neste arranque da Liga dos Campeões 2015/16.

Ao minuto 15, Shaw arrancou para dentro da área do PSV. Quando se enquadrava com a baliza, Hector Moreno apareceu a «varrer» o lance e tudo o que estava à sua frente; a bola, Shaw e a perna direita do inglês, em concreto. Não houve falta assinalada; muito menos qualquer advertência disciplinar. Logo na altura, Moreno tomou consciência da gravidade do lance.



Shaw esteve oito minutos a ser assistido (com recurso a oxigênio, inclusivamente) e deixou o relvado em maca suspeitando-se de uma fratura da perna direita após o impacto com a esquerda de Moreno após o carrinho (no mínimo) imprudente. O mexicano seguiu em campo carregando o peso do mundo nos ombros enquanto Shaw seguiu em maca para fora do relvado do estádio do PSV.



O jogo esteve parado do minuto 15 ao 24 enquanto Shaw foi assistido. Temia-se o pior para a perna do lateral esquerdo do Manchester United, tudo indicava que estava fraturada. No site do Manchester United noticiava-se a lesão do jogador ainda durante o jogo. Já depois do final, o site dos «red devils» confirmava que «Luke Shaw sofreu uma fratura dupla na perna e será transferido para Manchester para ser operado» e relatava como Van Gaal o viu no balneário ainda com oxigénio e «a chorar».

Na conferência de imprensa citada pela UEFA, Van Gaal já assumia que o lateral inglês não jogará mauis nesta fase de grupos da Champions: «Espero que el volte a jogar esta época.» Ainda decorria o jogo, Shaw demonstrou-se refeito do drama em que se viu envolvido.
 


O PSV-Manchester United também prosseguiu e o azar de Van Gaal em relação a um jogador parecia que iria ser compensado por outro, também holandês como ele, por sinal; aquele holandês que o PSV menos queria ver marcar. Aconteceu. Memphis Depay regressou a Eindhoven para defrontar o seu antigo clube que deixou para rumar a Manchester e sucedeu o que os holandeses temiam: Depay marcou mesmo à sua antiga equipa – o seu terceiro golo pelo United, sempre na Liga dos Campeões.

Este foi um jogo de emoções muito fortes. Ainda antes do intervalo, o maior «vilão» desta partida – lembram-se de Moreno? – acabou por ser herói para a equipa da casa. O Mexicano colocou o PSV igualado ao Manchester à beira do intervalo. Na segunda parte, a equipa da casa conseguiu mesmo a reviravolta no marcador com um golo de Narsingh fazendo com que Pillip Cocu batesse o seu antigo treinador no retorno de Van Gaal à Holanda.



Neste regresso da Liga dos Campeões houve mais vitórias significativas como a da Juventus na casa do Manchester City (a «Juve» não ganhava em Inglaterra desde 1996) ou a do At. Madrid na Turquia sobre o Galatasaray. E houve triunfos normais e (mais) esperados, como o do Real Madrid sobre o Shakhtar.

Mas os 4-0 com que a equipa espanhola recebeu o adversário da Ucrânia acabaram por ficar marcados por mais uma marca de Cristiano Ronaldo na Liga dos Campeões. O jogador português marcou três dos golos dos «merengues» sendo os dois primeiros de grande penalidade (em oito minutos). E, assim, o CR7 atingiu a marca de 11 penáltis marcados na Champions, igualando Luís Figo neste registo.
 



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Grupo B: ManUnited cai em Eindhoven, Draxler garante vitória ao Wolfsburgo


Benfica-Astana, 2-0 (crónica)


Grupo C: bis de Griezmann dá triunfo ao Atletico em Istambul


Grupo D: Juventus oferece golo ao City, mas consegue reviravolta