A Figura: João Teixeira
O jovem jogador do Vitória foi o espelho da exibição da sua equipa em todas as suas ações: personalidade e qualidade. O número 24 da equipa de Sérgio Conceição desenhou a jogada do segundo golo dos visitantes. Após receber o passe de Ricardo Valente, levantou a cabeça antes de receber a bola, e quando esta lhe tocou na ponta da bota, abriu para Cafú na esquerda que voltou a tocar para João Teixeira. O médio tirou do lance o arouquense Albín e cruzou com conta, peso e medida para a Hurtado, que de primeira, bateu Rui Sacramento pela segunda vez. Aos 36 minutos teve um pormenor delicioso sobre Zequinha, sendo que foi sempre um dos que imprimiu ritmo e impôs qualidade ao jogo do Vitória.

O Momento: Adilson no último suspiro rouba aos três pontos ao Vitória
Em mais um lance de bola parada, o Vitória deixa-se empatar, algo que foi recorrente esta temporada.
Livre cobrado por Ivo Rodrigues e Adilson, lançado por Lito Vidigal ao intervalo, finaliza com competência.

Positiva: Festa de arromba em Arouca
A receção dos adeptos à equipa que fez história no futebol português. Um clube que, na quarta presença no campeonato nacional, conseguiu garantir uma presença nas competições europeias. A cerimónia que antecedeu o início da partida foi sublime e memorável para as gentes de Arouca. A banda musical do conselho de Arouca subiu ao relvado, colorido com balões com as cores do Arouca, para interpretar na voz de Magda, o hino oficial do clube do distrito de Aveiro. A equipa da casa subiu ao relvado e ouviram-se fortes aplausos de todo o público presente no Municipal de Arouca, representativo do orgulho que os arouquenses sentem na equipa de Lito Vidigal.

Outros destaques:

Cafú
Um jogo muito completo do médio português. A par de João Teixeira foi um dos melhores da equipa do Vitória. Sempre inteligente e com boas decisões sempre que a sua equipa tentava sair em construção. O bom posicionamento que revelou ao longo de todo o encontro permitiu-lhe estar no sítio certo para recuperar a bola que tinha sido aliviada pela defensiva arouquense. Dominou e, com categoria, atirou cruzado e rasteiro para o fundo da baliza de Rui Sacramento.

Nuno Valente
A par de Nuno Coelho foi dos melhores da equipa do Arouca. Tentou várias vezes remar contra a apatia que a sua equipa apresentou neste fim de tarde. Aos 13 minutos rematou para boa intervenção de Miguel Silva e, mais tarde, perto da meia hora, tentou novamente inverter o rumo dos acontecimentos. Na segunda parte subiu de produção, tal como o seu companheiro do miolo. A faltar 20 minutos para o fim da partida, assistiu de forma sublime Nelsinho que permitiu a defesa a Miguel Silva. Foi sempre um dos mais inconformados dos arouquenses.

Nuno Coelho
O patrão do meio-campo do Arouca. É o pêndulo da equipa, sempre bem posicionado. Foi tentando estancar o jogo central do Vitória. Várias vezes solicitado pelos colegas para organizar o jogo ofensivo da equipa de Lito Vidigal, papel que lhe assenta na perfeição. Destaque para um passe magistral aos 64 minutos a isolar Maurides que desperdiçou na cara de Miguel Silva. Uma boa exibição naquele que foi o seu centésimo jogo na I Liga.

Hurtado
Jogo esforçado na frente do ataque da equipa do Vitória. Segurou várias vezes a bola e lutou muito entre os centrais adversários. Viu o seu esforço premiado perto da meia hora de jogo quando, de primeira, rematou para o fundo da baliza de Rui Sacramento. Foi substituído aos 80 minutos, esgotado.

Adilson
No último suspiro da partida, após livre cobrado por Ivo Rodrigues, o brasileiro desviou para o fundo da baliza de Miguel Silva. Assumiu o papel de herói e permitiu que o Arouca continuasse, desde janeiro, sem perder para a Liga.