Mais Desportivo das Aves na primeira parte e um melhor Paços de Ferreira na segunda ditaram um empate ajustado na Capital do Móvel (2-2). A entrada fulgurante dos avenses – já venciam por dois golos aos 11 minutos – teve resposta suficiente na etapa complementar, perante um Paços de Ferreira que deu 45 minutos de avanço ao adversário.
 
Até entrou melhor a formação da casa. Mais sóbria na posse de bola, certa a explorar os espaços no ataque. Bruno Moreira tentou materializar a aproximação à baliza. Faltou-lhe a pontaria, exibida em dose dupla do outro lado.
 
 
No primeiro pontapé de canto a favor dos visitantes, Carlos Ponck, após canto combinado de Nildo com Salvador Agra, apareceu no coração da área para o desvio certo de cabeça. Oito minutos bastaram para a primeira mexida no marcador e mais três serviram para o Desp. Aves dobrar a vantagem. Vítor Gomes recuperou no meio campo e Braga lançou Salvador Agra pela direita. A velocidade, calma e pontaria do extremo português trataram do resto. Remate rasteiro entre o poste e Mário Felgueiras para o 0-2 no marcador.
 
O Paços tardou em esboçar reação concreta e deixou o Desportivo das Aves confortável na primeira meia hora. Ponck e Diego Galo tiraram força ao ataque caseiro e Vítor Gomes liderou um meio campo prático na saída para o contra-ataque. 
 
Só aos 29 minutos surgiu o primeiro sinal de verdadeiro perigo do Paços. Pedrinho bateu um livre frontal e Adriano afastou com dificuldade após a bola lhe ter batido à frente. Bruno Moreira e Medeiros também testaram o brasileiro. Do outro lado, o desvio de Guedes quase deu o terceiro.
 
O Paços de Ferreira acabou a primeira parte em cima do adversário, mas esbarrou na segurança defensiva deste. Nesse período, Xavier ainda pediu grande penalidade. Queda forçada.
 
A desvantagem não poupou Vasco Seabra para os últimos 45 minutos. Welthon saltou para jogo, Xavier ficou no balneário e o Paços transfigurou-se para um 4x4x2. Com sentido de baliza no recomeço, os castores ganharam esperança num erro de Carlos Ponck. À procura do pontapé de baliza, o cabo-verdiano ganhou a frente a Bruno Moreira, mas perdeu a bola para o n.º 9 dos castores, que de pronto deu no coração da área para o remate certeiro de Pedrinho. Se dúvidas havia se a bola tinha saído, o videoárbitro dissipou-as.
 
Relançado no jogo, o Paços de Ferreira cresceu, com Pedrinho e Bruno Moreira como homens mais astutos – o n.º 9 quase empatou aos 71 minutos. Paralelamente, os visitantes perderam fulgor no ataque e não mais remataram à baliza. De pouco valeram as entradas de Derley, Amilton – rendeu o lesionado Nildo - e, mais tarde, de Ryan Gauld.
 
Com aposta clara no empate, Vasco Seabra acertou em cheio nas duas derradeiras substituições para fabricar o empate final. Mabil apareceu na área e tocou para o remate certeiro de Luiz Phellype. Welthon, num último assomo, quase completou a reviravolta. O remate saiu ao lado.
 
Primeiro ponto para ambos os conjuntos na Liga.