Luís Castro, treinador do Rio Ave, reagiu assim à vitória por 0-1 sobre o Vitória de Setúbal, na sala de conferências do Estádio do Bonfim, naquele que foi o jogo de estreia no banco dos vila-condenses.

«Do que gostei mais foi do resultado e da forma como estivemos organizados defensivamente, não deixámos o Vitória criar oportunidades de golo. Gostei das oportunidades que criámos. Continuámos a controlar o jogo mesmo com menos um jogador. Gostei da forma dedicada e corajosa da equipa. Enfrentámos o risco e ultrapassámos a adversidade»

«O período pré-competitivo tem normalmente sete semanas, é nesse período que passamos as ideias à equipa. Neste caso tivemos semana e meia, é impossível que eles façam tudo o que tenho na minha cabeça. A importância era dar estabilidade defensiva, porque a equipa sofreu 15 golos, era a terceira pior defesa do campeonato. Essa era uma das minhas preocupações. Não deixar um ataque como o do Vitória criar uma única oportunidade é um motivo de satisfação»

«Para mim o futebol é continuidade, não é só o momento. Se não vencer os próximos jogos, este resultado deixa de ter valor como tem hoje. Quando cheguei ao Rio Ave disse que gostaria de ver a equipa e os adeptos feliz, é essa a minha missão como treinador, porque é sempre sinónimo de bons resultados»

«[Depois da expulsão] senti que o jogo ia ficar mais difícil se a equipa não se adaptasse da forma como queria naquele momento. Houve alguma hesitação da minha parte em ficar com um avançado mais fixo ou móvel. Optei por um mais móvel, o Rúben Ribeiro. Tive a tentação de explorar mais os espaços que o Vitória pudesse deixar. Se o Vitória tem chegado ao empate quando eu não mexi na equipa iriam estar a perguntar porque não mexi»

«Não me surpreendeu a forma como estiveram em jogo. Os jogadores estavam tão satisfeitos e a ter tanto prazer, que umas coisas levam às outras»