Declarações de Jorge Simão, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, depois do empate (1-1) na receção ao Estoril, naquele que foi o terceiro jogo consecutivo sem ganhar na Liga:

«Acabo frustrado por não termos conseguido somar três pontos. A primeira parte foi marcada por alguma inércia, parecia que estávamos anestesiados. É o sintoma mais evidente daquilo que têm sido as nossas vivências nos últimos jogos. Estes jogadores têm qualidade, estamos numa fase de construção de uma equipa e vivemos momentos difíceis com estes resultados mais recentes, que foram duros. Estamos num processo de lutar contra tudo e contra todos. Temos bolas na área, claras de golo, que uma melhor frieza poderia dar golo. O Estoril vai lá numa bola e faz o golo».

«Na segunda parte ficou evidente o libertar das amarras que nos estavam a prender. Criámos várias situações evidentes de golo, algumas entradas na área sem remate, acabámos com um ponto somado, que acaba por ser frustrante em relação ao que se passou».

[Motivos dos três jogos sem ganhar na Liga?]
«As razões fomos apontando jogo a jogo. Numa análise mais global há todo um conjunto de razões na hora de fazer o balanço. O momento é duro, condiciona as emoções dos jogadores, que quase os amarra. Temos de ir paulatinamente neste processo de construção de uma equipa para que possamos encarrilar e fazer um resto de época de acordo com o que queremos».

[Acesso falhado ao terceiro lugar pode ter impacto nos jogadores?]
«Mais do que a posição na tabela, aquilo que pode mexer com os jogadores compete-nos a nós implementar este espírito de lutar contra todas as adversidades que vão acontecendo, conseguir libertar os jogadores destas amarras. Esta semana vamos ter pela primeira vez uma semana completa para poder treinar, uma semana que já desejava há algum tempo para poder trabalhar. É o 11º jogo desde que cá estou, estou aqui há pouco mais de um mês, temos agora uma semana para preparar o jogo contra o Boavista».

«Palavra de grande apreço pela atitude dos nossos adeptos. A atitude deles no fim do jogo não passa despercebida aos jogadores, eles sentem e acho que os fortalece o carinho depois de não ter conseguido vencer. Ter os nossos connosco é uma força enorme».