José Couceiro diz que está satisfeito com Marco Silva: ou antes, satisfeito... q.b. Ou seja, quanto baste. Nem mais, nem menos do que isso.
 
«O primeiro choque, o primeiro impacto, ele ultrapassou-o muito bem. Enquanto sportinguista confesso, se me pergunta se estou satisfeito, digo que estou satisfeito q.b.»
 
«Sim, estou. Estou e penso que, com as diferenças que há em relação aos dois outros candidatos ao título, penso que era importante haver continuidade de trabalho», disse.
 
«Com continuidade de trabalho só se fica a ganhar em relação a chegar mais próximo dos objetivos que um clube com a dimensão do Sporting sempre tem, que é chegar ao título.»
 
José Couceiro falava no Estoril Open, onde esteve esta quarta-feira, e acrescentou que o futuro de Marco Silva no Sporting não devia estar condicionado à Taça de Portugal.
 
«Claro que são provas importantes e é importante ganhar. Ganhando tem-se outro suporte para encarar o futuro. Mas neste jogo Benfica-FC Porto, se o Benfica tivesse perdido o jogo, o treinador era posto em casa depois de tudo o que fez? E também corria o risco de não ganhar...», lembrou.
 
«Não me parece que a avaliação posso ser feita por ganhou ou não ganhou, tem de ser feita por muitos outros parâmetros. Por isso nunca colocaria a questão em ganhar ou não. Até porque a final da Taça de Portugal, sendo uma final, é um jogo de tripla.»
 
Depois, falou-se de Lopetegui. Neste caso, o treinador falhou rotundamente os objetivos para esta época, mas José Couceiro não quis ir muito longe na análise.
 
«Se me pergunta se sou favorável à estabilidade dos treinadores, é evidente que sim. Basta ver que as mudanças de treinadores a meio da época, numa percentagem muito elevada, superior a mais de metade, não dão resultados imediatos. Tem de haver alguma continuidade de trabalho», referiu.
 
«Mas não me vou pronunciar se Lopetegui deve continuar ou não, isso não é uma questão minha.»
 
Pelo caminho, perguntou-se ao antigo treinador do Estoril, e candidato a presidente do Sporting, que interpretação dava à discussão entre Jorge Jesus e Lopetegui no final do clássico.
 
«Não valorizo isso», referiu. «Trocas de palavras a este nível já aconteceram muitas vezes. Não houve nenhuma agressão física, não sei se houve alguma agressão verbal, se não, mas não lhe dou valor nenhum.»