O Marítimo venceu o Vitória, em Setúbal, pela margem mínima e continua a recuperar na tabela. Segunda vitória consecutiva para a equipa insular e terceira derrota seguida para a formação sadina, que foi agora ultrapassada pelo Marítimo na classificação.

Daniel Ramos, que fez o seu primeiro jogo fora de casa como treinador do Marítimo, continua invicto esta temporada [duas vitórias com o Marítimo, quatro triunfos e um empate com o Santa Clara] e já fez esquecer Paulo César Gusmão e um início de época muito fraco da equipa insular.

Sorte diferente tem tido José Couceiro. Até entrou bem neste seu regresso a Setúbal, mas as últimas jornadas não têm sido fáceis. Em resultados, porque os adversários não têm sido muito difíceis. O maior mesmo foi o Benfica na Luz e o Vitória, arrancou-lhe um empate.

V. Setúbal-Marítimo, FICHA DE JOGO

A primeira parte do encontro foi nervosa e de muito trabalho para Carlos Xistra. Muitas faltas [16 no total, 8-8], protestos, mas, ainda assim, nenhum cartão. O jogo aqueceu a nível de arbitragem, ainda antes de começar, mas o árbitro soube levá-lo em campo.

Mais livres para o Marítimo, mas os mais perigosos para o V. Setúbal. Mesmo assim, nada de golos. A reter só o trabalho de Gottardi, aos 19 minutos, no livre lateral cobrado por Ruca que ia direitinho «à gaveta».

Antes disso, também uma oportunidade para a equipa insular. Foi logo ao quarto minuto de jogo, depois de uma entrada sufocante do Marítimo. Valeu Bruno Varela a esticar-se, ao remate de Éber Bessa à entrada da área.

Vários remates, nenhum a fazer a bola entrar na baliza e 0-0 ao intervalo. Justo, até.

V. Setúbal-Marítimo, DESTAQUES

Na segunda metade, mais do mesmo. O encontro recomeçou lento, mas faltoso e só as bolas paradas é que o animaram. Os lances mais perigosos surgiram de bola parada e aos 54 minutos, o Marítimo marcou mesmo. Não foi na conversão de uma falta, foi de uma bola para fora.

Dyego Sousa ganhou o canto e na marcação do mesmo, saltou mais alto do que a defesa sadina, colocando de cabeça a bola dentro da baliza. Desmarcação fantástica e bola sem hipóteses para Bruno Varela.

A perder, José Couceiro mexeu na equipa. Fez entrar Zé Manel e Edinho, procurando um jogo mais ofensivo e o golo do empate. Edinho entrou bem, desequilibrou e ainda dispôs de algumas ocasiões, mas nada de 1-1 no marcador. Mais tarde também entrou Arnold, saindo o lateral esquerdo Ruca, mas nada de perigoso a assinalar.

Só mesmo do outro lado e de registar um falhanço absoluto de Fransérgio. Minuto 90, Dyego Sousa é travado na área e Carlos Xistra assinala grande penalidade. O capitão assume a marcação da falta… Bruno Varela para um lado, bola para a outro, mas a sair ao lado.

Desconforto do lado maritimista, ânimo para o Vitória que tinha passado os últimos minutos a pressionar. Ainda assim, o Marítimo já não deixou fugir o triunfo. Contou ainda com Gottardi num dos últimos lances do jogo, a segurar o esférico e a cair desamparado na área… como o Vitória voltou a cair em casa.