O treinador Carlos Queiroz vai continuar a ser selecionador de futebol do Irão na campanha para o Mundial de 2018, relata a imprensa iraniana, cerca de um mês depois do anúncio da saída do português.

«Todos os adeptos querem que a sua equipa esteja no próximo Mundial. Tudo o que precisamos é de apoio da federação e do ministro [do Desporto] para nos prepararmos para grandes eventos», afirmou Queiroz, citado no Theeran Times, após uma reunião com responsáveis iranianos.

Queiroz, que citou pressões não especificadas, alegou falta de união na federação iraniana e denunciou situações de humilhação vividas por si e pelos jogadores, despediu-se em conferência de imprensa, a 31 de março, após a derrota no jogo particular com a Suécia (3-1).

Depois disso, o antigo selecionador português, de 62 anos, viu o seu nome envolvido numa situação de alegadas dívidas ao fisco, defendendo o que o seu contrato determina que seja a federação a pagar os impostos.

Agora a imprensa iraniana afirma que Queiroz vai continuar no cargo, depois de terminada uma batalha entre a federação e o ministro do Desporto. «Quem não gostar, pode deixar a federação, uma vez que o ministro decidiu continuar com Queiroz», afirmou Reza Hosnikhu, um responsável nomeado para mediar o conflito.

«Felizmente, tudo se resolveu e o senhor Queiroz vai preparar a equipa nacional para o Mundial de 2018- O nosso objetivo é chegar aos oitavos de final», afirmou o p residente da Federação Iraniana de Futebol, Ali Kafashian.

Na qualificação asiática para o Mundial de 2018, na Rússia, o Irão está integrado no grupo D, com Omã, Turquemenistão e Guam.