Diego Armando Maradona Jr., 27 anos, jogador do Mina Jambo, clube dos distritais da Campania.

Internacional sub-17 por Itália, produto das escolas do Nápoles, o herdeiro de D10S no calcio há muito se desviou do caminho do sucesso.

«Vivo tranquilo, faço o que gosto. Cansei-me da pressão de ser filho de quem sou», explica em entrevista ao Maisfutebol.

Clubes da estirpe de Cervia, Internapoli, Quarto, Venafro, Boys Cavaniese, Juve Stabia, Arzanese, Sanitá,e ASD San Giorgio 1926 ao lado de um Maradona soa a criminoso. É este, porém, o descolorido trajeto futebolístico do mais velho dos filhos de El Pibe.

«Uma lesão grave matou-me. Estava no primeiro ano de sénior», explica Dieguito. «Lutei muito para chegar a um nível mais alto, mas passei estes anos todos a ouvir o pai dele é que era. O meu pai foi o melhor da história. Não é justo exigirem de mim o mesmo», desabafa.

Os genes não permitem que Dieguito se afaste de futebol. E na véspera do confronto entre o Nápoles do seu coração e o FC Porto, o italiano faz uma confissão:

«No mercado de transferências falou-se muito do Jackson por cá. Se ele viesse, o Nápoles seria demolidor. Para mim é o melhor jogador do FC Porto».

Os encontros da liga portuguesa passam «poucas vezes» em Itália e por isso Maradona Jr. não conhece muito mais dos dragões. A não ser, naturalmente, o impacto histórico.

«Em Portugal mandam Porto e Benfica. E recordo-me do ano em que foram campeões da Europa, com o José Mourinho. Vai ser difícil, mas passa o Nápoles».

Relvados escuros no inverno, futebol de praia no verão

A época nos relvados está a acabar e, a partir de junho, Dieguito volta a fazer o que mais gosta. «Sou apaixonado por futebol de praia. Já representei a seleção de Itália, disputei um Mundial e um Europeu. Joguei no Mare di Roma e no Nápoles».

Esse tal Europeu disputou-se em Vila Real de Santo António, Portugal. «Adorei a região e gostava de voltar. Está algum clube do Algarve na I Divisão portuguesa? Olhanense? Não conheço, mas seria um prazer jogar futebol a sério no vosso país».

Durante muitos anos, Diego Maradona Jr. acalentou esperanças de jogar na Serie A. Os obscuros escalões secundários de Itália fizeram-lhe mal. Ao ego e à confiança. Mas será Dieguito assim tão limitado como o currículo insiste em sugerir?

«Diziam que tenho uma técnica individual acima da média, fora do comum. Gosto de pensar que sim, até porque isso me dá muito jeito no futebol de praia. Acho também que remato bem».

O vídeo deste golo, apontado na Serie D ao serviço do Venafro, dá-lhe razão:

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