A Seleção não conseguiu alcançar o objetivo de apuramento para os oitavos-de-final do Mundial de 2014, mas Paulo Bento vai continuar, cumprindo o contrato até ao Euro 2016. Em entrevista à TVI24, o selecionador garante que nunca equacionou sair da equipa.

«Falei com o presidente, mas não pus o lugar à disposição. Temos o objetivo do Euro 2016, para além da colaboração com os escalões de formação e a relação com os sub-21, perspetivando a renovação de forma progressiva», assegurou, acrescentando: «Eu não me demito. É o sentimento que tenho comigo e que tenho definido com a FPF e o seu presidente. Sinto capacidades para fazer a transição e estarmos no Euro 2016».

Preparando o terreno para o futuro, o selecionador está preocupado com algumas informações que foram passadas para o exterior, pelo que está a «procurar» informações sobre quem terá sido o alegado «bufo». Incomodado com o anúncio do onze com os Estados Unidos, uma vez que «a equipa era difícil de adivinhar», pretende perceber como é que chegou a um jornal: «Não posso deixar que me deixe satisfeito».

Diz ter «confiança absoluta» em todos os elementos do grupo e tem «tempo» para perceber o que aconteceu.
Numa fase final da entrevista assegurou, ainda, que não admite ser influenciado nas suas escolhas, não sabe ser treinador «com as ideias dos outros», não precisa que chegue a derrota para aprender e também evita «aprender com aqueles que querem dar as soluções depois do que aconteceu». «A minha função é perspetivar e analisar», vincou, respondendo de forma lacónica à questão sobre qual foi a principal lição que retirou deste Mundial: «Quando se perde está tudo mal».