Fabiano Freitas brilhou na baliza do Olhanense e foi determinante para a equipa obter a sua segunda vitória consecutiva, em jogos como visitado. E agudizou a crise do Guimarães, que não vence desde a segunda jornada. Mateus marcou, de grande penalidade, o único golo do jogo.

Maurício, no banco, foi surpresa no onze que Daúto Faquirá escalou, esquematizado em 4x2x3x1. André Pinto, que ainda não tinha sequer um minuto de competição oficial, surgiu no lugar de Maurício, em parelha com Mexer. Figueroa também foi titular na previsibilidade dos restantes elementos.

No Guimarães, Rui Vitória armou a sua equipa de forma idêntica ao opositor, trocando Renan por Pedro Mendes na zona defensiva do meio-campo, deixando Edgar no banco e entregando o ataque a Soudani. Freire, Faouzi e Maranhão (que está lesionado e não foi convocado) também saltaram do onze, entrando NDiaye, Targino e Barrientos.

Ficha de jogos e notas dos jogadores

Na antevisão ao jogo, Daúto Faquirá disse que queria que o Guimarães concedesse espaços que poderiam ser explorados pelo Olhanense. Talvez por isso (ou por incapacidade) os algarvios ficaram à espera do adversário no seu meio-campo, levando os minhotos a assumirem as despesas do jogo. Com essa atitude expectante, a bola andou sempre mais perto da baliza de Fabiano Freitas.

O Guimarães aproveitou o convite do Olhanense e, além de conseguir situações complicadas para o guarda-redes da equipa algarvia, também manietou os intentos de Daúto Faquirá, colocando pressão assim que os algarvios recuperavam a bola não deixando-os sair em ataques rápidos.

Com este cenário, foram os minhotos aqueles que estiveram mais perto do golo na primeira parte. Por três vezes, Fabiano Freitas brilhou a grande nível e evitou que a sua baliza fosse violada. Só por uma vez o Olhanense poderia ter festejado na etapa complementar. Globalmente, nesse período o jogo prometeu muito nos primeiros vinte e cinco minutos, quando aconteceram os momentos de perigo para as balizas, acabando por arrastar-se para níveis baixos à medida que o tempo se escoava para intervalo.

O recomeço de jogo foi uma machadada nas aspirações do Guimarães, que sofreu um golo de grande penalidade, quando o relógio ainda marcava três minutos depois do descanso. Figueroa cruzou na direita, a bola vai ao braço de João Paulo. Mateus não falhou, o mesmo não se poderá dizer de Olegário Benquerença, que deveria ter mostrado cartão amarelo a João Paulo, que no caso seria o segundo.

Classificação da liga

O golo afectou o Guimarães, que experimentou então dificuldades em organizar o seu jogo ofensivo, mais trapalhão. O coração falou mais alto do que a cabeça... Olegário Benquerença anulou por fora de jogo um golo a NDiaye, num dos poucos momentos mais complicados para Fabiano na segunda-parte. O guarda-redes brasileiro do Olhanense também esteve em grande num remate de Targino e num livre de João Alves.

A formação algarvia aproveitou a intranquilidade adversária e teve os seus momentos de controlo e superioridade, fazendo sobressair Nilson, até então um mero figurante. O guarda-redes do Guimarães venceu por duas vezes um duelo com Wilson Eduardo, e evitou que Dady ampliasse a vantagem quando o jogo caminhava para a dezena final de minutos.

Até final, Daúto Faquirá foi reforçando a defesa e o Olhanense aguentou a pouca racionalidade dos vimaranenses, mais emotivos na tentativa de evitar novo desaire.