Ponto forte: pensamento ofensivo
Tratando-se de uma equipa que só perdeu dois títulos nacionais nos últimos dezassete anos, habituada a dominar os jogos internos, a golear com frequência, o Olympiakos é uma equipa obrigatoriamente balanceada para o ataque. Já não chega ganhar, é preciso «atropelar» os adversários internos. Essa é a principal virtude do Olympiakos, essa vocação ofensiva, essa intenção declarada de atacar a baliza contrária, de marcar golos e de dar espetáculo. Pelo menos dentro de portas.

Ponto fraco: o lado B da virtude
Este pensamento ofensivo do Olympiakos tem um lado negativo, claro. Desde logo a nível tático, pois faz com que a equipa assuma muitas vezes riscos elevados na forma de jogar, desprotegendo o setor mais recuado. E se na Grécia é difícil encontrar equipas capazes de explorar isso, tendo em conta a incontestável superioridade do Olympiakos, nas provas europeias a exigência é outra. E o «chip» está tão enraizado que o Olympiakos sente dificuldades para adotar uma postura mais prudente, mais condizente com a realidade continental.

A principal ameaça: Mitroglou
O homem dos «hat tricks». Treze golos já apontados esta época, consequência de quatro «hat tricks» e apenas um golo isolado, no último jogo, frente ao Platanias. «Mitrogoal» atravessa, indiscutivelmente, o melhor momento da carreira, e tudo lhe sai bem. É um avançado que, de certa forma, faz lembrar Óscar Cardozo. Pouco móvel, pouco dado a combinações longe da área, mas letal na zona de finalização, com bom jogo aéreo e um pé esquerdo potente. Muitas vezes os adeptos lhe torceram o nariz, e até os próprios técnicos. Com Ernesto Valverde, por exemplo, viu-se «obrigado» a sair por empréstimo, e mesmo com Leonardo Jardim viveu um pouco na sombra de Djebbour. Aproveitou a saída do argelino para se afirmar como referência ofensiva da equipa, e está a realizar um início de época fantástico.