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A Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol chumbou a alteração dos estatutos.

A Liga e o Governo desejavam o contrário, o presidente da FPF também, pois assim poderia candidatar-se a mais uma eleição.

O chumbo manterá, do ponto de vista governamental, o futebol fora da nova (salvo seja) lei. E poderá ter consequências internacionais, se FIFA e UEFA se cansarem das nossas disputas internas. A suspensão de equipas e selecção tem sido um fantasma sussurrado por quem desejava ver os estatutos aprovados, de acordo com o regime jurídico definido pelo governo.

A minha opinião sobre esta questão é simples: quero lá saber.

Ainda ninguém explicou de que forma estes estatutos melhoram o futebol português. Aliás, acho que nem é disso que se trata. Então, se todo este ruído não é uma tentativa para fazer crescer a qualidade do nosso jogo, só pode ser outra coisa: combate pelo poder.

A ser assim, confirma-se: não quero saber do tema.

Há anos que no futebol português se assiste a uma luta pelo poder de mandar. Pelo caminho, boas pessoas cansaram-se disto, o que foi pena. Muitas outras, de fraca qualidade e duvidosos interesses, ocuparam espaço e por cá permaneceram durante anos. O que se lamenta ainda mais.

Aparentemente, o chumbo deste sábado é uma má notícia, porque perpetua a confusão e acentua a fragilidade da nossa imagem no exterior. Mas talvez não seja. Talvez tenhamos de passar por uma vergonha internacional para que o mundo conheça quem manda no nosso futebol. E, enfim, alguma coisa mude.

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